sábado, 27 de agosto de 2022

Série D: América terá de contrariar números se quiser subir de divisão

Sábado, 27 de agosto de 2022.

Torcida do América na Arena das Dunas

Por Marcos Santos / Repórter do JORNAL DE FATO

 O América FC de Natal terá um estádio inteiro de incentivo para conseguir superar o Caxias/RS e garantir o acesso para Série C do próximo ano, um objetivo que se transformou num grande sonho de realização, após o clube ficar por cinco anos pelo caminho e ter falhado nesse passo final em pelo menos duas oportunidades. Mas os gaúchos virão a Natal apegados em alguns números que mostram o seguinte: desde 2016, entre os clubes que conseguiram vencer o primeiro confronto, 14 deles conseguiram confirmar a classificação no segundo e decisivo confronto. Apenas em quatro oportunidades ocorreu a virada que o clube potiguar necessita.

Mas a determinação em conquistar o principal objetivo do clube nos últimos seis anos, vem falando alto dentro do Alvirrubro, que pretende demonstrar que as estatísticas não são uma ciência exata e existem para serem contrariadas em algumas ocasiões. No futebol então, elas são dribladas com bastante frequência, uma vez que quando a bola começa a rolar, tudo pode acontecer.

Entre 2016 e o ano passado foram disputados 24 confrontos no total na fase quartas de final da Série D (mata-mata decisivo para o acesso). Desses 24 confrontos, em 18 oportunidades o primeiro jogo teve um vencedor. Desses 18, em 14 o time que venceu a primeira partida conseguiu a classificação para a Série C, detalham os números da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Um dos representantes que conseguiu contrariar essa onda de favoritismo dada aos vencedores do primeiro confronto foi o Globo de Ceará-Mirim. A equipe potiguar em 2017 foi batida por 1 a 0 pelo ERT-MG, devolveu o placar no jogo de volta, em Ceará-Mirim e depois conseguiu eliminar os mineiros na cobrança de pênaltis. Coincidência ou não, essa é a mesma diferença que o Caxias conseguiu abrir sobre o América no duelo inicial. Ano passado, o próprio Caxias sentiu na pele essa virada. Em 2019, dois confrontos tiveram os vencedores do primeiro jogo das quartas eliminados. A Juazeirense venceu o Brusque por 1 a 0 na ida, mas perdeu a volta por 4 a 0 e o próprio Caxias ganhou por 1 a 0 do Manaus, no Rio Grande do Sul, e foi derrotado na volta por 3 a 0.

Enquanto os gaúchos enaltecem a utilização do VAR nos jogos da Série D, no lado potiguar a primeira experiência com o olho eletrônico não foi considerada positiva. O zagueiro Jean Pierre reclama da anulação do pênalti em Elvinho, que o árbitro bem colocado em campo percebeu o toque faltoso que o atacante americano recebeu dentro da área. “Quando ele assinalou a penalidade, ele viu o toque que Elvinho sofreu, quando tentava passar entre dois adversários. Mas depois que ele foi chamado para verificar a imagem, mostraram a ele apenas a câmera que estava transmitindo a partida, uma imagem de longe, sem ser detalhada. Então ele resolveu anular a marcação”, disse o zagueiro americano.

O árbitro potiguar Caio Max já havia alertado ao elenco potiguar que o equipamento iria funcionar com poucas câmeras nos confrontos da Série D, alertando sobre certa precariedade de imagens nos momentos de tomada de decisão após os lances considerados polêmicos dentro de campo.

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