Sábado, 18 de janeiro de 2025.
O Fluminense informou neste sábado
que o meia Paulo Henrique Ganso foi diagnosticado com miocardite, uma
inflamação no músculo do coração. Com isso, o jogador ficará afastado das
próximas rodadas do Campeonato Carioca e seguirá em avaliação médica até obter
condições de voltar aos gramados.
Ganso ficará fora por, no mínimo, um mês. (Foto: IMAGO / Sports Press Photo)
O que é miocardite?
De acordo com o médico, a miocardite
é uma inflamação do músculo do miocárdio no coração e pessoas de diferentes
faixas etárias podem ser acometidas com o problema.
Como ela afeta o corpo e quais podem
ser consequências? O Lance! ouviu o médico especialista em cardiologia Bernardo
Noya de Abreu, cardiologista do Hospital do Coração (Hcor) de São Paulo, para
tirar todas as dúvidas.
Como se desenvolve miocardite?
A inflamação da miocardite é viral e
acontece como diversas outras inflamações causadas por um vírus, seja ela por
uma gripe mais aguda, covid-19, dengue e outras viroses gastrointestinais ou
respiratórias. Segundo Noya, nove em dez pessoas (ou seja, 90% dos casos) que
foram acometidas por miocardite sofreram com infecções virais alguns meses
antes.
Essa é a hipótese trabalhada pelo
próprio Fluminense, que informou em sua nota oficial que Ganso contraiu uma
forte gripe no mês de novembro. O período está dentro da janela de pós-infecção
prevista pela cardiologia, que é de dois a seis meses após o quadro viral do
paciente.
- É uma resposta exagerada do corpo,
confundindo o vírus com o músculo do coração e atacando esse músculo achando
que é o vírus. Então a miocardite é um quadro pós-infeccioso viral - afirma o
médico.
Qual a gravidade da miocardite?
Segundo o médico, a miocardite pode
acometer o paciente em diferentes níveis. Desde o mais simples, muitas vezes
nem notado pelo paciente, até casos com alguns sintomas. Em casos mais
avançados, a miocardite pode evoluir para arritmias, que também podem ir da
leve até a mais intensa, e em casos extremos pode levar ao paciente à morte.
O Tricolor informou que o meia não
teve qualquer tipo de sintoma e a situação foi descoberta apenas durantes os
testes médicos para a reapresentação do elenco na temporada. A alta do paciente
depende da realização de exames e não tem prazo definido.
Como tratar a miocardite?
O tratamento da miocardite pode
acontecer por uso de medicamentos para controlar a infecção, mas,
principalmente são direcionados exames ao paciente para controlar o nível da
infecção. Bernardo Noya afirma que a primeira bateria acontece quatro semanas
após o diagnóstico, justamente o período anunciado pelo Fluminense.
Os exames feitos podem ir desde exames de sangue para medir os níveis da infecção e biomarcadores de lesão cardíaca, além de ecocardiograma, ressonância cardíaca e holter. Fonte: Lance.com.br
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