Terça-feira, 08 de abril de 2025.
Ídolo do Botafogo e titular da Seleção
Brasileira na Copa do Mundo de 1966, o ex-goleiro Manga morreu nesta
terça-feira, 08 de abril/2025, aos 88
anos. Ele enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado
no Hospital Rio Barra, no Rio de Janeiro.
A morte de Manga foi anunciada pelo
próprio Botafogo. “É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton
Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no
Hospital Rio Barra”.
O presidente do Botafogo associativo,
João Paulo de Magalhães Lins, prometeu homenagens ao ídolo alvinegro e ofereceu
o salão nobre de General Severino para a realização do velório. “Faremos todas
as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em
nossos corações”, afirmou o dirigente.
Manga é considerado um dos grandes
goleiros da história do futebol brasileiro. Nascido no Recife, ele iniciou sua
carreira no Sport, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Mas
se tornou conhecido em nível nacional e mundial ao brilhar no Botafogo entre
1959 e 1968.
Ele participou de quatro conquistas
do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e três do Torneio Rio-São Paulo
(1962, 1964 e 1966). Manga era uma das referências de duas grandes formações do
Botafogo, que na época rivalizava com o Santos pelo título simbólico de melhor
time do Brasil, nas temporadas 61 e 62, e 67 e 68.
Com o destaque no alvinegro carioca,
Manga ganhou espaço na seleção brasileira e chegou a ser titular na Copa do
Mundo de 1966. Ele compôs a equipe ao lado de lendas, como Garrincha, Zagallo,
Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.
Depois de brilhar no Botafogo, o goleiro também se destacou no Nacional, de Montevidéu. Pela equipe uruguaia, foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos em 1971. Faturou ainda quatro títulos nacionais no país vizinho. Ele passou ainda pela dupla Gre-Nal, com maior destaque pelo time colorado, onde também se tornou ídolo – foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tri gaúcho. Também defendeu o Operário-MS e o Coritiba.
Ele encerrou sua carreira no
Barcelona de Guayaquil, do Equador, em 1982, aos 45 anos. Antes disso, foi
campeão equatoriano no ano anterior.
Manga também se tornou famoso por não
usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas
mãos. Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos.
Compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência nas defesas.
O jogador se tornou tão simbólico de
sua posição em sua época que recebeu homenagem quando ainda estava vivo. O dia
do seu nascimento, 26 de abril, se tornou oficialmente o “Dia do Goleiro”.
Estadão Conteúdo
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