Terça-feira, 28 de outubro de 2025.
Agressões e até uma arma sacada pelo quarto árbitro marcaram o clássico entre Riograndense e São Paulo de Rio Grande pelo Gauchão Série B, equivalente à terceira divisão do futebol do Rio Grande do Sul. Rodrigo Garcia, quarto árbitro do duelo, que terminou com vitória do Rio Grande, por 1 a 0, chegou a sacar uma pistola no estacionamento do Estádio Torquato Pontes, em Rio Grande. Além de ser árbitro, ele também é policial militar.
O Estadão tentou contato com a Federação Gaúcha de Futebol, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. Se houver, o texto será atualizado.
Na súmula da partida, o juiz principal, Rodrigo Brand da Silva, relatou todo o episódio. Apesar da confusão no pós-jogo, não houve relatos de briga na súmula durante os 90 minutos.
SÚMULA TENDENCIOSA?
Segundo o documento, o assistente Leirson Peng Martins teria sido agredido, com chutes e socos no chão, na saída da equipe de arbitragem do estádio. Na sequência, o quarto árbitro Rodrigo Garcia teria intervindo e dado voz de prisão ao grupo que estaria agredindo Martins, os quais fugiram. Ainda segundo a súmula, um boletim de ocorrência foi registrado.
CAIU NA NET!
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram agressões e o exato momento em que o quarto árbitro saca a arma. Em um deles, também é possível ver Garcia chutando e correndo uma pessoa na área de estacionamento do estádio.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul disse que o caso está sob apuração da Polícia Civil de Rio Grande.
Em conversa com o Estadão, Paulo André Neves, presidente do Riograndense, time da casa, disse que estava nos vestiários do quando a confusão começou. Ele explicou que houve uma discussão ao lado do estádio entre uma ambulante, que estava desmontado uma barraca de churrasquinhos, e o árbitro assistente. Quando chegou no local, Neves se deparou com o quarto árbitro armado e crianças chorando.
“Estávamos no vestiário pós-jogo conversando com atletas quando começou uma gritaria e sai para ver. Ao abrir o portão, vinha um rapaz com uma criança no colo e a arbitragem correndo atrás dele, um deles com pistola em punho. O que pude fazer foi tentar evitar algo pior que esse rapaz com a criança no colo fosse alcançado e acalmar os três, já que eu nem sabia o que estava ocorrendo. Automaticamente, tínhamos que proteger a criança. Graças a Deus, os três se acalmaram e ambos os iniciantes do evento foram para a delegacia, juntamente com o quarto árbitro que estava com a arma. Nosso posicionamento passado imediatamente para a FGF via telefone e posteriormente por e-mail foi de preocupação, tristeza e repúdio”, disse o presidente do Riograndense. Fonte: Agência Estadão,