QUARTA FEIRA, 02 DE
JANEIRO DE 2013.
Por E-mail:
Olá Luiz,
Segue meu último artigo no ano, espero que goste:
O
verdadeiro retrato do que acontece no futebol brasileiro.
Temos
testemunhados valores quase que imorais envolvendo contratações.
Técnicos
recebendo mais de R$ 700 mil mensais.
Jogadores
medianos com salários milionários.
Enquanto
isso, equipes tradicionais vivem seus momentos derradeiros.
Apenas
um salário mensal de muitos jogadores da séria A do Brasileiro, seria o
suficiente para cobrir a folha de pagamento anual de muitas equipes,
simultaneamente.
Lendo
A Critica, jornal de grande circulação no Amazonas, tomei conhecimento sobre a
situação de penúria vivida por tradicionais equipes do estado.
O
caso mais emblemático é o do Atlético Rio Negro Clube.
Fundado
em 13 de novembro de 1913, a equipe “Barriga Preta” possivelmente estará
ausente do campeonato amazonense, justamente no ano de seu centenário.
Sinais
dos tempos, certamente más administrações, algo também muito frequente,
provocaram esta situação.
Daqui
alguns dias, seu rival e maior vencedor de títulos no estado, o Nacional,
também fará seu centenário.
Será
no próximo dia 13 de janeiro.
Muito
embora, a equipe nacionalina viva em situação um pouco melhor, está longe de
ser a adequada.
Sua
sede está alugada, o que lhe rende cerca de R$ 15 mil mensais.
Quando
seus dirigentes precisam se reunir, há uma mesa guardada para isso.
Outro,
chamado grande da cidade de Manaus, o Fast Clube, já chegou a mudar a sua sede
em algumas oportunidades.
Aliás,
mudou de cidade.
Sua
sede em Manaus está alugada para bailes funks, já faz muitos anos.
Por
fim, o São Raimundo, única equipe de Manaus que possui estádio próprio, o da
Colina, vive momentos dramáticos também.
Também
está com sua sede arrendada.
...para
bailes funks, em um caso também de “agressão a boa música”.
No
último ano, o único representante amazonense no campeonato brasileiro, sequer
era de Manaus.
Foi
o Peñarol da pequena Itacoatiara.
Em
qual divisão?
Série
D.
E
como foi?
Eliminação
ainda na primeira fase.
Normal
para um campeonato cuja média de público quase não chega ao número centenário.
Ainda
assim, se ergue a Arena da Amazônia, um estádio com capacidade para receber
mais de 40 mil pessoas.
um grande abraço,
José Renato Santiago