AS MOTOS E A MINA.
Thiago e Formiga equipados sob o calor do sertão.
Minha experiência motociclistica continua. Meu pai sempre foi radical quando o assunto foi moto, ele repetia frases como essa:--Só tenho medo de duas coisas, moto e mulher brava, rsssss.
Outra frase inesquecível e traumatizante de seu repertório era:- Só te dou uma moto de for junto com o caixão de defunto, arghhhh.
O meu máximo dessa vida motociclistica, foi quando eu tinha Mobilete e ia para as pistas de skate junto com meus amigos Jofa e Ralph, a cada dia que eu saia de motoquinha era um susto.
Aí certo dia pensando junto com meu anjo da guarda resolvemos não andar de moto , principalmente na cidade de São Paulo.
Meu anjo da guarda me disse que não queria viver fazendo hora extra e eu decidi ouvi-lo para contar com sua proteção nos esportes perigosos que amo tanto.
A caminho da mina, um programa diferente.
Mas nessa trip de moto turismo, era hora de acelerar com as 450 KTMs. Equipadas com o típico pneu biscoito de cravos proeminentes, motorzão e suspensão alta . Para pilotar essas cross, tem que ter muita manha, a começar para subir na moto, uma vez que um cara de estatura mediana como eu, não alcança o chão direito quando sentado sobre motoca. De manhas em manhas fui pegando o jeito e mais uma vez me senti confortável .
Ampliar o conhecimento é sempre bom, aulinhas no subterrâneo.
Adorei ter essa experiência, tração , torque e controle mesmo sobra areia e cascalho.O primeiro lugar que fomos visitar foi a mina do Brejuí, próximo a cidade de Currais Novos no Ceridó .Essa mina foi a mais importante do mundo no final da 2º Guerra Mundial, quando a industria bélica estava implementando tecnologia e a utilização do tungstênio em armamentos, munições , lâmpadas e até na pontinha da caneta Bic.Essa é uma mina de 8 andares toda escavada nessa montanha de Xilita , um minério que quando beneficiado vira o nobre e duríssimo metal tungstênio.
Esse é o salão principal da mina que já foi a maior do mundo.
Foi massa ver o interior dessa mina e entender o funcionamento. Mas o mais legal foi quando ficamos no escuro por alguns momentos, o silêncio total e absoluto é de estranhar, diferente de uma caverna que tem barulhinhos de morcegos ou gotas que pingam.Aproveitando o tema fomos andar nas dunas de resto de minério processado, bem mais fofo que a duna de areia , tem que ter mais uma vez, manha, para não afundar a moto no pó leve e branco do minério.Meu amigo e professor Tiago Fantozzi deu a lição de casa para eu fazer. Era subir de 450 cross uma duna de mais ou menos 30 mts e muito inclinada.
Acelerando em direção dos Canions dos Apertados.
Eu já alertei que não tinha nível técnico para isso , mas ele me estimulou e eu comecei a tentar.Nas primeira tentativas foram só tombos, como o terreno era bem fofo , nem a moto nem eu se machucamos até que consegui subir três vezes e levar 8 quedas, na última delas a moto chicoteou na entrada da duna e eu sai voando de ponta cabeça estilo Dayane dos Santos.Fiquei acabado pois cada vez que eu tentava levantar a moto no terreno instável era um tremendo desgaste físico.
Fantozzi aceleta de whelling nos Apertados.
Mesmo assim no final do dia fomos acelerar nos Apertados, um rio seco com o fundo arenoso rodeado por cânions, e depois em trilhas de blocos de pedras soltos muito técnicas.Galera foi demais curtir e aprender o BEABA de moto, on e off Road.Fica meu agradecimento Ao Thiago Fantozzi, Clebinho Tinocco e equipe KTM.Abcs
Igreja, duna de minério e a moto, passeio irado que o Xtreme TV super recomenda.
Fonte: Site do Formiga da ESPN BRASIL.