Sábado, 20 de dezembro de 2025.
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Corinthians e Vasco se enfrentam neste domingo, 21/12, às 18h, no Maracanã, pela finalíssima da Copa do Brasil. Depois do empate sem gols em Itaquera, na quarta-feira, as equipes fazem o confronto no Rio de Janeiro sem vantagem, e uma nova igualdade no placar levará a decisão para os pênaltis. O duelo marca a chance de ambos os clubes darem fim a um incômodo jejum de títulos nacionais.
Ao erguer o troféu do Paulistão, em março, o Corinthians encerrou uma sequência de seis anos sem conquistar uma taça sequer. A última vez havia sido em 2019, quando o time do Parque São Jorge foi campeão estadual. Agora, a equipe alvinegra pode encerrar um jejum de títulos nacionais que já dura oito anos. A conquista mais recente foi o Brasileirão de 2017.
O clube teve a chance de acabar com a seca em 2018 e 2022, mas ficou com o vice da Copa do Brasil diante de Cruzeiro e Flamengo, respectivamente. O Corinthians é tricampeão do torneio e faturou o título em 1995, 2002 e 2009.
O jejum do Vasco é ainda mais incômodo. O clube amargou uma grave crise institucional nas últimas duas décadas e foi campeão nacional pela última vez há 14 anos, quando venceu a Copa do Brasil de maneira inédita, em 2011 — naquela temporada, os cariocas ficaram com o vice do Brasileirão, vencido pelo Corinthians. De lá para cá, o time enfrentou problemas financeiros e disputou a Série B por quatro vezes (já havia jogado em 2009), mas também não conquistou o troféu da segunda divisão.
RETROSPECTO
O retrospecto pesa a favor do Corinthians. O Vasco venceu apenas uma das últimas 26 partidas contra o time paulista. As equipes já se enfrentaram cinco vezes em torneios eliminatórios, com cinco vitórias corintianas. Um dos confrontos mais marcantes, inclusive, aconteceu no Maracanã. Em 2000, os clubes decidiram o Mundial de Clubes da Fifa, e os paulistas ficaram com o título após disputa de pênaltis.
PRA SALVAR O ANO
Tanto Corinthians quanto Vasco fizeram temporadas irregulares. Apesar do título do Paulistão, a equipe corintiana amargou a eliminação na pré-Libertadores, a queda precoce na Sul-Americana e terminou o Brasileirão apenas na 13ª colocação. Já os cariocas também caíram na fase de grupos da Sul-Americana e ficaram em 14º no campeonato nacional, perdendo oito partidas nas últimas dez rodadas.
CORINTHIANS
O Corinthians chegou como favorito para o primeiro jogo da final, na quarta-feira, na Neo Química Arena. O time de Dorival Júnior havia deixado pelo caminho adversários de peso, como Palmeiras e Cruzeiro, mas fez uma partida abaixo da crítica e viu o Vasco, que eliminou Fluminense e Botafogo nos pênaltis, se sentir à vontade para desenvolver seu jogo. Os paulistas não levaram perigo e, por mais que os cariocas também não tenham assustado, viram o adversário jogar melhor, sem que o Corinthians fizesse valer o mando de campo.
A tendência é Dorival repetir a escalação do primeiro jogo, com Raniele e Garro entre os titulares. Maycon e Carrillo correm por fora.
“O torcedor já percebeu, dentro da Copa do Brasil, que tem motivos para acreditar nessa equipe. É só ver o que fizemos na competição. Eu confio muito, tudo pode acontecer. É uma decisão, está tudo em aberto”, comentou Dorival Júnior.
VASCO
A expectativa é de que o Maracanã receba um público acima de 65 mil pessoas neste domingo. A torcida do Corinthians esgotou rapidamente sua carga de 4 mil ingressos e promete fazer grande festa para empurrar o time. Jogadores do Vasco chegaram a comentar publicamente que gostariam de disputar a decisão em São Januário, mas a CBF descartou a possibilidade em razão da baixa capacidade de público do estádio.
Do lado cruz-maltino, Diniz vai repetir os 11 iniciais de quarta-feira, quando utilizou apenas duas das cinco substituições disponíveis. Pablo Vegetti, artilheiro do País com 27 gols, fica entre os reservas e o jovem Rayan, revelação do Brasileirão, comanda o ataque.
“A gente conta com a torcida. Sei que eles vão lotar o Maracanã e nos apoiar do começo ao fim. Esperamos jogar juntos com o torcedor e corresponder às expectativas. Vamos nos entregar ao máximo para que os vascaínos consigam sorrir ao fim do jogo”, comentou o técnico vascaíno Fernando Diniz.
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PREMIAÇÃO
A CBF vai pagar R$ 77,1 milhões ao campeão, que acumulará R$ 109,1 milhões em premiação. O vice receberá R$ 33 milhões e ficará com um total de R$ 53,5 milhões. Quem levantar o troféu também garante vaga na Libertadores e poderá vislumbrar um 2026 mais animador. A partir da próxima temporada, os dois finalistas asseguram classificação para o torneio da Conmebol. Fonte: Agência Estado - Adaptação: Escrete de Ouro.