QUINTA FEIRA, 31 DE JULHO DE 2014.
Preto estaria suspenso, mas a diretoria do Nóia não informou o técnico
Itamar Schülle.
Novo Hamburgo, RS, 31 (AFI) - A festa de classificação do Novo Hamburgo às oitavas de final da Copa do Brasil não durou nem 24h. Nesta quinta-feira, o Nóia foi denunciado pela Confederação Brasileira de Futebol ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter escalado o jogador Preto de forma irregular na partida de volta diante do ABC, e pode ser eliminado da competição.
João Luiz Ferreira da Silva, mais conhecido como Preto, foi expulso na primeira partida da segunda fase diante do J.Malucelli. Conforme a decisão do STJD, o jogador teria que cumprir dois jogos de suspensão. O primeiro foi cumprido no confronto de volta diante o próprio clube paranaense.
O segundo, consequentemente, seria na partida de ida contra o ABC, pela terceira fase da Copa do Brasil, que aconteceu após o recesso para a disputa do Mundial. Nesse período, porém, o jogador acabou ficando sem contrato, que foi renovado apenas dias antes do confronto de volta, ou seja, Preto não estava inscrito no Boletim Informativo Diário da CBF, o BID, no dia 23 de julho, data do confronto diante do clube potiguar, e, por isso, a suspensão não foi cumprida.
Então, como o Novo Hamburgo não disputa nenhuma competição além da Copa do Brasil, o jogador teria que ficar de fora da partida de volta diante do ABC, realizada na última quarta-feira e vencida pelo próprio clube gaúcho, por 2 a 0, resultado que o colocou nas oitavas de final. A escalação de Preto, porém, foi bancada pela diretoria do clube, que não avisara o técnico Itamar Schülle sobre a irregularidade do meia, mesmo com o aviso emitido pela CBF.
Com a denúncia em mãos, cabe ao STJD definir uma possível punição ao Novo Hamburgo. O julgamento será marcado em breve.
O Nóia deve ser enquadrado no Art. 214: "Incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009)".
PENA: perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
O Portal Futebol Interior entrou em contato com o vice-presidente de futebol do Novo Hamburgo, Luisinho Valentin, que se negou a comentar o caso. O técnico, Itamar Schulle, revelou que ainda não tinha sido comunicado de alguma denúncia e disse que os problemas administrativos são sempre tratados pela diretoria do Nóia.
“Não estou sabendo e nenhuma denúncia, mas acho que se aconteceu alguma coisa, a diretoria irá resolver e analisar o caso”, falou.
POSIÇÃO DO ABC
Bira Marques: O ABC está atento ao caso
O diretor de futebol do ABC, Bira Marques, confirmou ao FI que a informação já chegou até o clube. O dirigente, porém, disse que esperará a determinação da CBF para depois lutar pela classificação caso ela realmente seja de direito do clube potiguar.
"A informação já chegou até a a gente e estamos analisando. A gente vai aproveitar a oportunidade para checar se realmente eles escalaram jogador irregular e se isso aconteceu, vamos tomar as medidas cabíveis. Acho que a a própria CBF já encontrou o erro", disse o dirigente ao Futebol Interior.
HISTÓRIA RECORRENTE
Infelizmente, por motivos dos mais diversos, vários
resultados de partidas vêm sendo decididas no STJD. No ano passado, a
Portuguesa acabou rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro após perder
quatro pontos por ter escalado o meia Héverton na partida da 38ª rodada do
Brasileirão, contra o Grêmio.
Neste ano, dois times também foram denunciados e punidos por escalações irregulares: o Criciúma, no Brasileirão e o Brasília, na Copa Verde.
Diante de tantas confusões e irregularidades, a CBF demitiu, no início desta semana, o diretor de registros da entidade, Luiz Gustavo Vieira. Mais uma vez, Marin e seus "companheiros" usam demissões como escudos para esconder a má administração.
Por Agência Futebol Interior.