quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Campeões olímpicos Alison e Martine Grael participam de evento em Natal!

Quarta feira, 19 de outubro de 2016.
"Mamute" fala sobre a emoção do ouro no vôlei de praia ao lado de Bruno Schmidt. Com tradição familiar na vela, Martine se surpreende com vento "absurdo" no RN.
Alison mamute Martine Grael Natal (Foto: Divulgação) 
Alison "Mamute" e Martine Grael estiveram em Natal nesta terça-feira
 (Foto: Divulgação)
A melhor experiência da vida de um atleta é participar de uma edição dos Jogos Olímpicos. E se a presença for agraciada com a conquista de uma medalha e, em especial, de ouro? Foi assim que os medalhistas Alison Cerutti, que forma dupla com Bruno Schmidt no vôlei de praia, e Martine Grael, parceira de Kahena Kunze na classe 49 erFX da vela, falaram sobre a inédita conquista em um evento de um dos patrocinadores de ambos em Natal, nesta terça-feira. Os dois conversaram sobre a importância da Rio 2016 para o crescimento do esporte brasileiro, sobretudo quanto ao investimento na formação de novos atletas. O evento ainda contou com a participação da jornalista Vanessa Riche, do Sportv.
Além do ouro no Rio de Janeiro, Alison é medalha de prata na Olimpíada de Londres, em 2012, com o antigo parceiro Emanuel. O atleta recordou a emoção em ter pisado nas areias da praia de Copacabana e comparou o carinho da torcida com o que recebeu na capital potiguar em fevereiro deste ano, quando venceu a sétima etapa do Circuito BrasileiroDesta vez, somente a passeio, aproveitou para descansar nas terras potiguares, depois de um ano de muito sacrifício, mas que foi recompensando pelo ouro no peito.
- Dessa vez, eu só descansei. Cheguei ontem (segunda-feira), às 16h, vim para o evento e volto para casa no fim do dia. Mas, nas férias, eu vou poder curtir mais essa cidade. A medalha aumenta a pressão, mas todo mundo sabe que a gente está em outra batida, em outra levada, mas aumenta a responsabilidade de levar o vôlei a essas cidades que não têm esse esporte desenvolvido, para ajudar as crianças carentes e a fazer um país melhor. A pressão, a torcida vem junto, é o nosso terceiro jogador, mas eles sabem muito bem que depois dos Jogos Olímpicos, esse ano é mais nessa levada. A partir de janeiro, começa tudo do novo e de uma forma diferente. O time focado em outros objetivos e teremos um calendário a cumprir. Somos profissionais e teremos que cumprir, mas nesse momento não tem como exigir muito e a partir do ano que vem vamos entrar com força máxima - explicou.
Alison lembra que a parceria vitoriosa com Bruno Schmidt será mantida para o próximo ciclo olímpico, de Tóquio 2020, com o objetivo de se tornar a primeira dupla com duas medalhas de ouro. A primeira, por sinal, merecerá carinho especial quando a ficha realmente cair.
- Nos damos muito certo dentro de quadra e fora dela nos respeitamos muito e acho que é o nosso diferencial. Isso faz um time evoluir e querer aprender sempre mais e reconquistar tudo que já conquistou. Nós conquistamos todos os campeonatos possíveis desse planeta e, a partir do ano que vem, queremos fazer isso novamente. Apesar disso tudo, eu ainda não parei. Tenho mais três campeonatos para disputar. No fim de semana passado eu estava em Brasília. Entro de férias no dia 12 de dezembro e acho que no dia 13, quando eu sentar no meu sofá, ligar minha televisão e começar a namorar com ela (a medalha de ouro) e entender, vai passar um filme completo que ganhei essa Olimpíada - contou Alison.
Alison mamute vôlei de praia (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
Após duas medalhas olímpicas, Alison quer buscar mais
 títulos para a carreira (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
Martine esteve em Natal pela primeira vez e se mostrou surpresa com a quantidade "absurda" de vento da capital potiguar. Acostumada com a raia da Baía da Guanabara, contou aos jornalistas que acordou cedo para aproveitar o máximo de período na praia de Ponta Negra.

- Eu acordei às 5h, com esse solzão e o vento muito forte e fui conhecer um pouquinho da praia de Ponta Negra. Fui próximo ao Morro do Careca e nadei um pouco, corri na praia. Já vim ao Nordeste antes, mas não a Natal. Aqui venta muito forte e é muito bom para a vela. Eu adoro conhecer novos lugares, pessoas novas e sou louca por caju. Já tomei vários copos com suco de caju, para matar a vontade. Lá no Rio é muito difícil conseguir a fruta, porque chega toda amassada - disse a velejadora.
Sem competir desde o ouro na Olimpíada do Rio, Martine e Kahena começam a traçar os planos para o novo ciclo olímpico. Em um esporte considerado de grande investimento, a carioca espera participar de muitas competições para buscar o melhor vento e chegar ao topo do pódio.
 Martine Grael vela  (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
Martine Grael ficou surpresa com o vento "absurdo"
em Natal (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
- Estou inquieta porque eu não estou velejando. Agora, só traçando planos e como a temporada começa devagar, o primeiro ano do novo ciclo olímpico é bem devagar, é bom dar uma pausada. Então, eu e Kahena ainda não velejamos juntas. Para fazer uma Olimpíada e chegar a uma competição de alto nível, é preciso muito investimento. Mas, para o esporte da vela, não. Você pode velejar a vida inteira com um barco. Não precisa ter um barco próprio, mas entrar em uma escola de vela, por exemplo. O esporte da vela não é elitista, mas a competição de alto nível - completou Martine.

Por Augusto Gomes e Jocaff Souza - GE/Natal

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