SEGUNDA FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014.
Nas últimas semanas, a arbitragem tem causado diversas
polêmicas no Campeonato Brasileiro, em especial por conta de lances de mão na
bola.
Massimo Busacca, chefe de arbitragem da Fifa.
A Fifa criticou o
comportamento dos árbitros no Brasil e alertou: os juízes precisam "ler a
situação" e não dar falta a cada bola que toque a mão. Em entrevista a
jornalistas brasileiros, Massimo Busacca, chefe de arbitragem da Fifa, deixou
claro que as decisões tomadas no Brasil não estão em linha com as orientações da
entidade. "A mão faz parte do jogador. Não há como pensar em um jogador
sem mãos", indicou Busacca.
Nas últimas semanas, a
arbitragem tem causado diversas polêmicas no Campeonato Brasileiro, em especial
por conta de lances de mão na bola. Segundo Busacca, "não se pode dar
falta" a qualquer toque de mão. "Isso é um absurdo", declarou.
Para ele, o que precisa ser pensado é se a mão de um jogador estava ou não no
local de forma "natural ou não-natural".
"Um jogador
precisa de sua mão e de seu braço para correr, para se equilibrar e para
saltar", disse. "Não se pode jogar sem mão", declarou. Outro
fator, segundo ele, que precisa ser avaliado é se o toque foi "intencional
ou não". "Quando um jogador tenta fazer seu corpo maior usando a mão,
isso deve ser punido", disse.
Busacca insistiu que,
em seu trabalho, tem reforçado a ideia de que os árbitros precisam ir além das
regras escritas e saber "ler" uma situação. "O juiz não pode só
pensar como juiz e apenas aplicar o que está escrito", disse. "Um
juiz precisa se colocar no lugar do jogador e entender um movimento",
completou.
Nesta semana, o
presidente da CBF, José Maria Marin, deixou claro que estava
"insatisfeito" com a arbitragem no Brasil. Ele afirmou, inclusive,
que está estudando medidas para "aprimorar" a atuação dos juízes.
Por Agência Estado.
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