Sábado,
22 de julho de 2022.
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Alguns jogadores da 1ª seleção brasileira. |
Orgulho
de milhões de torcedores, símbolo maior do esporte nacional, a
Seleção Brasileira completa nesta sexta-feira 109 anos. Foi
exatamente em 21 de julho de 1914 que a equipe disputaria seu
primeiro jogo e iniciaria uma trajetória de excelência que
culminaria com a conquista de cinco títulos mundiais de futebol.
Naquele
dia, no estádio das Laranjeiras, lotado, a Seleção enfrentaria o
Exeter City, time da Terceira Divisão inglesa. Não se tem registro
oficiai da quantidade de gente que prestigiou a partida. O que se
sabe é que muitos assistiram ao jogo de pé e viram o Brasil vencer
por 2 a 0, gols de Osman (America FC) e Oswaldo Gomes (Fluminense).
“A
Seleção Brasileira é motivo de orgulho para todos nós. Sua
história repleta de conquistas vai muito além do futebol. Abre
fronteiras, une os povos e transmite alegria por onde passa”, disse
o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
“Nesta
data, quero parabenizar todos aqueles que contribuíram para a
grandeza da Seleção, masculina e feminina, ao longo desses 109
anos: atletas, treinadores e treinadoras, profissionais e
colaboradores dos mais diversos setores. E, claro, parabenizar também
seus torcedores, aqueles que são a razão de ser do futebol”,
prosseguiu Ednaldo.
O
até hoje estádio do Fluminense seria por muitos anos a casa da
Seleção Brasileira e havia um modo bem característico da
“transmissão” dos jogos no início do século passado. Na época,
não existia TV e o rádio apenas engatinhava.
Os
paulistas, por exemplo, acompanhavam as “pelejas” postados em
frente à sede do Jornal O Estado de S. Paulo. Foi assim durante o
Campeonato Sul-Americano de 1919. Naquela oportunidade, milhares de
pessoas se concentravam na Praça Antônio Prado, na capital
paulista, onde se localizava o periódico, e ficavam aguardando
informações.
Por
telefone, o correspondente do jornal, no Rio, relatava o que se
passava nas Laranjeiras. Na redação, os jornalistas faziam resumos
fragmentados do andamento dos jogos, rodavam cópias e as afixavam na
entrada do prédio. Aos poucos, a multidão tomava conhecimento do
placar e dos principais lances e gritava e pulava como se estivesse
numa arquibancada.
A
Seleção já criava assim, desde cedo, uma conexão umbilical com os
brasileiros. Vieram as Copas do Mundo, a tristeza da perda do título
de 1950, no Maracanã, e as seguintes gerações de ouro que levaram
o Brasil a ser a única pentacampeã mundial.
Pelé
e tantos outros craques começaram a dar seu recado na Copa de 1958.
Depois, veio o bi em 1962 e o tri em 1970, com uma profusão de
jogadores de ponta, reconhecidos como os melhores do mundo em suas
respectivas posições.
O
tetra em 1994 e o penta em 2002 consolidaram essa supremacia quase
centenária da Seleção Brasileira, ainda hoje celeiro de grandes
nomes do futebol mundial. Cada vez mais envolvida com o dia a dia dos
brasileiros, a Seleção chega aos 109 anos com a convicção de que
ainda há muito a se fazer e de olho na conquista do hexa.
Mas
não é só no futebol masculino que a Seleção Brasileira fez e faz
história. A equipe feminina também já se impôs como uma
das melhores do mundo. Soberana na América do Sul, onde coleciona
oito títulos da Copa América, a Seleção encantou o planeta em
2007, quando ficou com o vice na Copa do Mundo disputada na China.
Também
já obteve duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos e atualmente
está na Austrália para um novo Mundial, em busca da primeira
estrela, representada por uma equipe mesclada por jovens e veteranas
e que tem em Marta, seis vezes eleita a melhor
do mundo, a sua grande referência.
Pela
Seleção Feminina, vários outros nomes também ganharam notoriedade
mundo afora. É o caso, por exemplo da volante Formiga,
detentora de um recorde incrível: disputou
sete Copas do Mundo (1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015 e
2019), feito que nenhum jogador do planeta alcançou. Fonte: CBF