Domingo, 14 de
novembro de 2021.
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Ainda na pista, Hamilton pegou a bandeira do Brasil. |
Após grande corrida,
ele pegou a bandeira do Brasil ainda no seu carro e depois a levou ao pódium.
Foi a vitória 101 do
inglês, que diminui a vantagem de Max Verstappen na liderança do Mundial de
Pilotos.
Nem duas punições num
mesmo fim de semana foram suficientes para parar Lewis Hamilton no Brasil. O
piloto inglês, cada vez mais à vontade no país do seu ídolo, Ayrton Senna,
brilhou novamente no Autódromo de Interlagos e venceu o GP de São Paulo neste
domingo. De quebra, reduziu a vantagem de Max Verstappen na liderança do
campeonato. O holandês chegou em segundo lugar, logo à frente do finlandês
Valtteri Bottas.
Foi a 101ª vitória do
inglês na F-1, a terceira no Brasil, comemorada com a torcida, que encheu as
arquibancadas do circuito paulistano. Após cruzar a linha de chegada, Hamilton
ganhou uma bandeira brasileira, com a qual desfilou em seu carro até parar
diante do pódio. Ao longo da semana, o inglês declarou diversas vezes que se
sentia cada vez mais brasileiro.
Numa das melhores
provas da temporada, Hamilton brilhou tanto no sábado quanto no domingo. Antes
de chegar em primeiro ao fim das 71 voltas, ele surpreendeu no sprint race ao
finalizar as 24 voltas em quinto lugar. Foram 15 ultrapassagens no sábado e
mais 10 neste domingo, totalizando 25. E logo num fim de semana em que sofreu
duas punições. No sábado, largou em último. Neste domingo, foi apenas o 10º no
grid. Mas ele precisou de apenas 19 voltas para pular do 10º para o 2º posto.
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Após a vitória, com à bandeira tiracolo. |
BRIGA NA PONTANo campeonato, a
situação ficou mais equilibrada. Verstappen chegou aos 332,5 pontos, contra
318,5 de Hamilton. Faltam ainda três etapas para o fim da temporada.
Após vacilar na
largada no México, há uma semana, Bottas voltou a vacilar em Interlagos. O
companheiro de Hamilton foi superado por Verstappen no meio do “S do Senna” e
por Pérez na reta oposta. No meio do pelotão, o inglês conquistou quatro
posições na primeira volta. Na segunda, aparecia em terceiro, atrás apenas dos
carros da Red Bull.
A ascensão do
heptacampeão ganhou uma ajuda na 7ª volta, quando o safety car entrou na pista
porque Yuki Tsunoda perdeu a asa dianteira de sua AlphaTauri no “S do Senna” –
o japonês acabou sofrendo punição de 10 segundos. Na relargada, três voltas
depois, Verstappen sustentou a liderança, sendo protegido por Pérez, seu
companheiro de equipe.
SAFETY VIRTUAL
Logo na sequência o
safety car virtual foi ativado por causa dos dedritos da asa dianteira de Mick
Schumacher, após choque com Kimi Raikkonen. Na retomada das disputas, Hamiltou
passou Pérez, que recuperou a posição em seguida, no 18º giro. Na volta
seguinte, o inglês não repetiu o erro da primeira tentativa e deixou o mexicano
para trás de vez.
Verstappen liderava
com quatro segundos de vantagem sobre seu maior rival. Sem conseguir se
aproximar do líder do campeonato, o inglês e a Mercedes apostaram na
estratégia. Na 27ª volta, ele trocou os pneus médios pelos duros. Retornou em
6º para a pista.
Bandeira no
pódium da Mercedes |
A MUDANÇA
Uma volta depois,
Verstappen fez o mesmo e voltou para a pista em 3º, à frente de Hamilton. Na
prática, a estratégia da Mercedes deu resultado. A diferença para o primeiro
colocado caiu para 1s5 segundo. Nem mesmo uma nova ativação do safety car
virtual, na 30ª volta, mudou o cenário da briga pela vitória.
A situação mudou no
41º giro, quando Verstappen surpreendeu ao ir aos boxes para colocar novos
pneus duros. Voltou em quarto, enquanto Hamiltou herdou a liderança. Duas
voltas depois, o inglês repetiu a estratégia do rival holandês, agora novamente
em primeiro lugar na prova.
Mas a diferença entre os dois caía a cada volta. De 1s2, chegou a ser derrubada
para 0s2 na 48ª, quando Hamilton foi para o bote. Ele tentou por fora no fim da
reta oposta. Verstappen fechou a porta e ambos acabaram saindo da pista. A
Mercedes reclamou, porém os comissários decidiram não investigar o caso.
Nova investida só veio dez voltas depois, sem sucesso. No giro seguinte, o
heptacampeão não perdoou. Superou Verstappen, assumiu a ponta e não deu mais
chance para o rival. Sem sustos, ele cruzou a linha de chegada na frente,
recebendo a bandeirada da ginasta e campeã olímpica Rebeca Andrade, convidada
da organização.
Pilotos e equipes
agora rumam para o Catar. A corrida de estreia no país será já no próximo
domingo, no Circuito de Losail. Será o terceiro final de semana consecutivo de
corrida na F-1, incluindo ainda o GP do México, disputado no domingo passado.
Confira a classificação do GP de São Paulo de Fórmula 1:
1º – Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h13min860
2º – Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 10s496
3º – Valtteri Bottas
(FIN/Mercedes), a 13s576
4º – Sergio Perez
(MEX/Red Bull), a 39s940
5º – Charles Leclerc
(MON/Ferrari), a 49s517
6º – Carlos Sainz Jr.
(ESP/Ferrari), a 51s820
7º – Pierre Gasly
(FRA/AlphaTauri), a uma volta
8º – Esteban Ocon
(FRA/Alpine), a uma volta
9º – Fernando Alonso
(ESP/Alpine), a uma volta
10º – Lando Norris
(ING/McLaren), a uma volta
11º – Sebastian Vettel
(ALE/Aston Martin), a uma volta
12º – Kimi Räikkönen
(FIN/Alfa Romeo), a uma volta
13º – George Russell (ING/Williams), a uma volta
14º – Antonio
Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta
15º – Yuki Tsunoda
(JAP/AlphaTauri), a uma volta
16º – Nicholas Latifi
(CAN/Williams), a uma volta
17º – Nikita Mazepin
(RUS/Haas), a duas voltas
18º – Mick Schumacher
(ALE/Haas), a duas voltas
Não completaram a
corrida:
Daniel Ricciardo
(AUS/McLaren)
Lance Stroll (CAN/Aston Martin)C
Felipe Rosa Mendes.
Interlagos tem público
recorde de quase 182 mil pessoas durante GP de São Paulo!
A corrida disputada em
Interlagos neste domingo (14) tem várias nuances. Não só a disputa de Hamilton
e Verstappen na pista foi notável, com a remontada de Lewis Hamilton de décimo
para a vitória, como também os dados de
audiência de TV e o público. Foi a maior presença de público da história da
Fórmula 1 em Interlagos. De acordo com a informação oficial da pista, 181.711 pessoas estiveram presentes nas
arquibancadas nos três dias de fim de semana.
Após dois anos longe
do Brasil, o evento retornou neste ano de nome novo. Foi a primeira edição do
evento como GP de São Paulo, não mais GP do Brasil, como foi entre o começo dos
anos 1970 e 2019.
Fonte: AFI.