Quinta feira, 20 de
agosto de 2020.
Após uma temporada
atípica no futebol mundial, mais uma vez teremos a oportunidade de assistir a
uma final da UEFA Champions League, maior torneio de clubes do planeta.
Neste domingo, Bayern
de Munique e Paris Saint Germain decidem quem vai ficar com uma das taças mais
cobiçadas do futebol. De um lado, Robert Lewandowski, e do outro, Neymar Jr. Os
dois favoritos a melhor
jogador do mundo em 2020 estarão frente à frente.
E o clube francês
tenta quebrar um tabu dos gigantes: desde a temporada 2011-2012, quando o
Chelsea venceu o próprio Bayern, não houve mais nenhum campeão inédito.
Na sua história de
pouco mais de 50 anos, é a primeira vez que o PSG decide o torneio, enquanto os
Bávaros vão em busca da sexta “orelhuda”.
O predomínio do
Barcelona de Messi e do Real Madrid de Cristiano Ronaldo foram expressivos na
última década de Champions League. Foram sete títulos da dupla em dez
possíveis.
Mas o predomínio dos
dois ex-melhores do mundo parece ter acabado. Já é a segunda final em que
nenhum dos dois participa, sendo que o camisa 10 do Barça assistirá sua quinta
decisão consecutiva no sofá.
E, antes do início dos
“anos 10”, os dois já protagonizavam as finais de Champions League, mas ainda
dividiam o protagonismo com outras estrelas. Neste post, você relembra os
campeões do torneio entre 2005 e 2019.
Todos os campeões da
UEFA Champions League entre 2005 e 2019.
2005 – LIVERPOOL
A conquista da Champions
League de 2005 é, com certeza, uma das mais lembradas pelos
fanáticos por futebol. A partida contra o Milan, em Istambul, teve uma das
maiores reviravoltas já vistas no esporte.
Liderado por Steven
Gerard, Luis Garcia e Xabi Alonso, o Liverpool chegava à decisão para enfrentar
o poderoso Milan, considerado o melhor time do mundo na ocasião, com Dida, Cafu, Kaká, Seedorf, Pirlo, Maldini,
entre outros.
Os italianos eram
francos favoritos à conquistar o título, e mostraram essa força nos primeiros
quarenta e cinco minutos. Foram para o
intervalo com um três a zero e pareciam ter decidido a partida no primeiro
tempo, com grande atuação de Kaká e Crespo.
Mas, o segundo tempo
da partida mostrou o contrário. Os
ingleses marcaram três vezes, empataram o jogo e, liderados pelo capitão
Gerard, levaram a partida para os pênaltis. Shevchenko desperdiçou a última cobrança, e o Liverpool conquistou
o título após 21 anos.
2006 – BARCELONA
A Liga dos Campeões da
Europa da temporada 2005-2006 mostrou uma nova força que estava longe das
decisões do torneio continental há alguns anos: o Barcelona, que venceu o
torneio pela última vez em 1992, e passou por uma reconstrução profunda.
Os Blaugrana,
liderados por Ronaldinho, Deco e Eto’o,
chegaram à decisão contra
uma das melhores gerações da história do Arsenal, que havia sido campeã invicta
do Campeonato Inglês anos antes, e contava com Henry, Vieira, Campbell, entre
outros.
E os ingleses
começaram na frente do placar. Campbell abriu o marcador e deu vantagem ao
Arsenal, que mesmo jogando com um a menos desde o início da partida, conseguia
dominar o jogo e chegar perto da glória.
Mas o segundo tempo
foi inteiro do Barcelona, que se aproveitou da vantagem numérica para virar.
Entre os 26 e os 31, dois gols, um de Eto’o e outro do surpreendente brasileiro Belletti para sacramentar o
título.
2007 – MILAN
Em 2007, a Champions
League colocou frente a frente Milan e Liverpool, mais uma vez em
uma decisão. O time italiano era de novo o favorito, mesmo com um time
envelhecido, mas com o fantasma da decisão de dois anos antes.
O time inglês ainda
tinha Steven Gerard e Xabi Alonso, mas estava enfraquecido em relação à final
em Istambul, mas havia eliminado Barcelona, que era o atual campeão, e o
Chelsea, cotado para ser o próximo inglês a levantar a taça.
Dessa vez, os
italianos não deram sorte ao acaso e venceram com tranquilidade. Com atuação
magistral de Filippo Inzaghi, que marcou dois gols e com colaboração importante
de Kaká, eleito melhor jogador daquela temporada, o Milan exorcizou os
fantasmas e levou sua sétima e última “orelhuda”.
2008 – MANCHESTER
UNITED
Em 2008, o futebol inglês voltava a possuir o protagonismo que tivera em
décadas anteriores. Os clubes do país pouco conquistaram títulos de Champions
League desde 1990, e ficaram pelo caminho em diversas oportunidades.
Da terra da rainha, Manchester United e Chelsea despontavam como os
favoritos a levar o título. E foram eles que protagonizaram a primeira
decisão entre clubes ingleses da história da competição.
De um lado, um Chelsea rico e buscando seu título inédito, liderado por
Didier Drogba, Michael Ballack e Frank Lampard. Do outro, um United buscando
voltar ao caminho das glórias no continente, tendo sua maior esperança no ainda
jovem Cristiano Ronaldo.
O jogo foi equilibrado, e terminou o tempo regulamentar em empate de 1 a
1. Ronaldo e Lampard marcaram. A partida passou zerada a prorrogação e foi para
os pênaltis. Anelka desperdiçou a última cobrança e Giggs marcou, dando mais
uma taça de Champions para os Diabos Vermelhos.
2009 – BARCELONA
O ano de 2008 havia
sido o pontapé inicial de uma era em que dois dos maiores jogadores da história
protagonizariam as finais da UEFA
Champions League. Se naquele ano, Cristiano Ronaldo venceu a taça com
os Red Devils, em 2009 foi a vez de Lionel Messi.
O Barcelona começava a
caminhar com a ajuda de Pep Guardiola, que assumiu o time no início da
temporada de 2008. O treinador decidiu deixar Ronaldinho ir embora, e construiu
um time ao redor de Messi, com um meio campo poderoso que tinha Xavi e Iniesta.
Mas, os adversários na
decisão em Roma eram os atuais campeões da Liga, o Manchester United. Pela
primeira vez, Messi e Cristiano se enfrentavam numa final, feito que se repetiu
diversas vezes ao longo de suas carreiras.
O domínio dos
espanhóis foi total durante os 90 minutos. Logo no começo do primeiro tempo,
Eto’o abriu o placar, e Messi, na segunda etapa, fechou o caixão e levou para
Barcelona o segundo título europeu em menos de cinco anos.
2010 – INTERNAZIONALE
Em 2010, o mundo foi
surpreendido por uma equipe comandada por José Mourinho. A Internazionale, com
seu futebol reativo e repleto de sul-americanos derrotou o tiki-taka de
Guardiola e do Barcelona, indo para a decisão contra o Bayern de Munique, que
recolocava o futebol alemão em grandes decisões.
A Inter contava com o
melhor goleiro do mundo até ali, o brasileiro Julio César, Sneijder, Zanetti, Eto’o e um
inspirado Diego Milito no ataque, enquanto os Bávaros tinha esperança em
Schweinsteiger, Robber e um jovem Thomas Muller.
No confronto de treinadores
lendários, Mourinho se deu melhor para cima de Louis Van Gaal. Com dois gols de
Milito, a Inter encerrava um jejum de mais de 40 anos sem vencer a competição.
2011 – BARCELONA
No início da década de
10, era unanimidade entre os especialista que o melhor futebol praticado no
planeta era o do Barcelona, e da seleção espanhola campeã mundial em 2010. O
tiki-taka fazia vítimas em todo o continente, e entrava como favorito em toda
competição.
Depois de ser
eliminado pela campeã Inter, o Barça voltou para a Champions League de
2010-2011 querendo o título da competição. Renovou o ataque, confiando a
parceria de Messi a Pedro e David Villa, e chegou à decisão após
bater o Real Madrid de Cristiano Ronaldo nas semis.
Assim como na
Champions League de 2009, o adversário foi o Manchester United, que tinha uma
equipe reformulada, porém não menos forte. Mas os catalães não deram chances
aos Red Devils, e saíram com o título após uma vitória por 3 a 1 em Wembley.
2012 – CHELSEA
A Champions League é o
torneio dos melhores times do mundo, mas o favoritismo conta na hora de apostar
em quem será o vencedor do torneio. Em 2012, o Chelsea não estava cotado nas
bolsas de apostas entre os candidatos ao título, mas chegou de forma
espetacular.
Na Catalunha,
conseguiu eliminar o Barcelona, que jogou melhor, mas não conseguiu furar a
defesa londrina. Chegou para a decisão para enfrentar o Bayern
de Munique, que havia perdido o título dois anos antes e formava uma
das suas melhores equipes de todos os tempos.
O jogo encaminhava
para um zero a zero, até que Muller abriu o placar aos 38 da segunda etapa.
Mas, aos 43 minutos, Drogba empatou a partida e levou a decisão para a
prorrogação. Robben perdeu a chance de dar o título aos Bávaros na prorrogação,
e nos pênaltis a estrela de Cech brilhou. A Champions League teve seu último
campeão invicto naquela noite na Alemanha.
2013 – BAYERN DE MUNIQUE
Se tem uma coisa que a
Champions League teve nesses últimos anos foram decisões com equipes do mesmo
país. Em 2013, os alemães tiveram a chance de disputar a final do maior
campeonato do mundo.
De um lado, o Bayern
de Munique tentava conquistar o título após duas perdas consecutivas.
Novamente, surgia como favorito, com a mesma equipe que perdeu para o Chelsea,
que tinha Neuer, Muller, Boateng, Ribery, Robben, entre outros. Para
enfrentá-los, o surpreendente Borussia Dortmund, que tinha nos jovens Reus e
Lewandowski a chance de reconquistar a Europa após 16 anos.
O jogo,
como todo clássico e decisão, foi truncado. As equipes buscavam o gol da
vitória, mas paravam nas fortes defesas de ambos os lados. Mandzukic conseguiu
abrir o placar aos 15 da segunda etapa, e viu o Borussia empatar com Gundogan
logo depois.
Mas, aos 44 da segunda
etapa, Robben conseguiu encontrar um espaço, e livre marcou para encerrar o
jejum de títulos de Champions League dos Bávaros.
2014 – REAL MADRID
Os primeiros anos do
século XXI foram difíceis para o maior campeão da história da Champions League.
Mesmo começando com um título da competição continental, em 2002, a equipe não
conseguiu produzir bons resultados depois disso, mesmo com seu time galático, e
viu seu maior rival vencer três títulos do torneio em 6 anos.
Na temporada
2013-2014, o Real apostou mais uma vez em um super-time para tentar vencer a
competição. Liderados pro Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, conseguiram, após
anos de tentativa, voltar a decisão, enfrentando o surpreendente Atlético de
Madrid, de Diego Simeone.
No entanto, o jogo se
encaminhava para mais um revés merengue. Godín abriu o placar para o Atleti, e
o Real não conseguia furar a defesa adversária. Apenas aos 48 do segundo tempo,
Sergio Ramos empatou e levou a partida para a prorrogação. Com mais perna, o
Real fez mais três gols e levou o caneco da Champions League pra casa, sua
décima conquista do torneio.
2015 – BARCELONA
Em 2015, o domínio dos
espanhóis na Champions League se tornava cada dia mais evidente. As equipes do
país surgiam como favoritas em todas as competições, e Messi e Cristiano
Ronaldo disputavam ano a ano a posição de melhor jogador do mundo.
O Barcelona, que já
amargava um jejum de quatro anos sem vencer a orelhuda, apostou em um trio de
ataque poderoso. Lionel Messi, Luis Suarez e Neymar Jr, o trio MSN, que durou
pouco, mas assombrou o mundo do futebol.
Com um futebol vistoso
e imparável, a equipe voltou a decidir um torneio, dessa vez contra a
fortíssima Juventus, que contava com Pogba, Carlitos Teves e Pirlo em grande
fase. Na final,
sem chances para os italianos. Rakitić, Suarez e Neymar marcaram para o Barça,
e Morata fez para a Juve. Quarto título de Champions League em dez anos para os
catalães.
2016, 2017 e 2018 - REAL MADRID
Um tricampeonato de
Champions League, coisa que não se via desde 1976, quando o Bayern de Munique
completou a trilogia ao vencer a competição daquele ano. Histórico, como
podemos chamar a trajetória do Real Madrid nessas três temporadas.
Primeiro, em 2016,
novamente contra o Atlético de Madrid de Simeone. Dessa vez, os colchoneros pareciam
mais preparados, mas a partida novamente terminou empatada em 1 a 1. Na
prorrogação, sobrou perna para os dois times, o que levou o jogo aos pênaltis.
Nas cobranças, 5 a 3 para o Real e décimo primeiro título.
Em 2017, o rival foi o Juventus, que havia feito a
final dois anos antes, contra o Barça. Dessa vez, sem muitos sustos. A Juve até
chegou a estar empatado em 1 a 1 com o Real, mas Cristiano Ronaldo
desequilibrou, e com a ajuda de Casemiro e Asensio, goleou os italianos por 4 a
1, levando sua quarta Champions League para casa, a décima segunda dos
merengues.
Em 2018, novamente uma
decisão de Champions League. Zidane, invicto no mata-mata da competição,
poderia se tornar o primeiro treinador campeão nas três primeiras temporadas
disputadas do torneio. O adversário era o
Liverpool, que vinha encantando o mundo com Salah, Mané, Firmino, entre
outros. Dessa vez, as falhas de Karius desequilibraram, e o Real levou mais uma. "orelhuda" para casa.
2019 – LIVERPOOL
Desde que o Chelsea
havia conquistado a Champions League, em 2012, nenhum time inglês havia chegado
a decisão do torneio até o Liverpool, que bateu na trave em 2018 por falhas
individuais. Na temporada seguinte, a equipe de Jurgen Klopp evoluiu, e se
tornou favoritíssima a levar o torneio.
Mas os ingleses suaram
para chegar a decisão do torneio. Venceram o Barcelona, de virada, em uma
disputa histórica e chegou às finais contra o Tottenham, que chegava à primeira decisão de sua história no
torneio. Com grande atuação de Salah, bateu os rivais e chegou ao título após
catorze anos.
Desde que o Chelsea
havia conquistado a Champions League, em 2012, nenhum time inglês havia chegado
a decisão do torneio até o Liverpool, que bateu na trave em 2018 por falhas
individuais. Na temporada seguinte, a equipe de Jurgen Klopp evoluiu, e se
tornou favoritíssima a levar o torneio.
Mas os ingleses suaram
para chegar a decisão do torneio. Venceram o Barcelona, de virada, em uma
disputa histórica e chegou às finais contra o Tottenham, que chegava à primeira decisão de sua história no
torneio. Com grande atuação de Salah, bateu os rivais e chegou ao título após
catorze anos.