Terça-feira, 23 de janeiro de 2024.
por Cassio Zirpoli - NE45
A evolução do “valuation” de sete dos oito clubes nordestinos presentes no estudo de 2023.
A quarta versão do estudo produzido pela Sports Value aponta uma avaliação econômica de R$ 34,4 bilhões sobre os 40 maiores times do país. O cenário mantém o patamar alcançado após o fim da pandemia, com a volta dos patrocinadores e dos públicos – inclusive, o Brasileirão teve a maior média da sua história em 2023, com 26.538 pagantes. Mais uma vez, a lista é liderada pelo Flamengo (4,5 bi), que ampliou a distância sobre o Palmeiras (3,5 bi), que segue na 2ª colocação. Na versão anterior, a diferença entre eles era de R$ 377 milhões. Agora é de R$ 943 milhões Somados, os dois clubes mais valiosos, que ganharam quatro das últimas cinco edições da Libertadores, estão estimados em R$ 8,0 bilhões, ou 23,5% do “Top 40”.
Fortaleza assume a liderança do NE
Em relação ao Nordeste, são oito clubes presentes. Além do “G7”, com os grandes do Recife, Salvador e Fortaleza, a novidade é o CRB. O clube alagoano aparece pela primeira vez, justamente na 40ª colocação. Portanto, esses times (Fortaleza, Sport, Bahia, Ceará, Santa, Náutico, Vitória e CRB, nesta ordem) estão avaliados em R$ 2,702 bilhões. Após três anos na ponta da região, o Bahia caiu para 3º lugar, já que o período analisado foi o do rebaixamento à Série B. Assim, viu a liderança ser repassada ao Fortaleza, que na verdade já figura em 13º lugar no país, com um aumento absoluto de R$ 91 milhões em doze meses. A avaliação geral do laion, de R$ 636 milhões, é a maior já registrada no NE, segundo esta consultoria.
Quem também passou o Bahia nesta lista foi o Sport, devido ao valor do seu patrimônio. O ativo do clube pernambucano foi de R$ 298 milhões (ou 63% do seu total), enquanto o ativo do clube baiano foi de R$ 116 milhões (ou 25% do seu total). Pesou mesmo nesta inversão, que considera os balanços financeiros divulgados até abril de 2022. Contudo, isso deve ser momentâneo, já que o Baêa conta com uma SAF cada vez mais abastecida e segue uma divisão acima. Na sequência do novo estudo vem o Ceará em 4º lugar e o Santa Cruz em 5º. Os corais passaram o Náutico mesmo com fiasco n Série D. Já o Vitória aparece em 7º no NE e em 36º no Brasil, mas o leão baiano deverá subir bastante na próxima lista, quando forem considerados os dados de 2023, incluindo o título da Série B. Por fim, o CRB, com R$ 82 mi.
Como se chega ao “Valuation”
A projeção da Sports Value é feita em quatro pilares, com ativos (caixa no banco, aplicações, estádio, centro de treinamento e edificações), direitos econômicos de jogadores (não foi informada a origem deste cálculo), valor da marca (torcida/mercado consumidor, engajamento e distribuição geográfica) e direitos esportivos (receitas garantidas nas competições, TV e premiações). Ou seja, a avaliação anual é flutuante, como ficou claro no comparativo entre os nordestinos. Confira os rankings anteriores: 2020, 2021 e 2022.
Abaixo, a lista com os 40 clubes mais valiosos do país até dezembro de 2023, de acordo com a Sports Value, com o valor absoluto de cada um. Entre parênteses e em sequência, a variação em reais sobre o “valuation” de 2022 e a mudança sobre a respectiva colocação anterior.
Do 1º ao 10º lugar
1º) R$ 4,516 bi – Flamengo (+729 mi; igual)
2º) R$ 3,573 bi – Palmeiras (+163 mi; igual)
3º) R$ 3,071 bi – Corinthians (+80mi; +1)
4º) R$ 2,953 bi – Atlético-MG (-174 mi; -1)
5º) R$ 2,214 bi – São Paulo (igual; +1)
6º) R$ 2,124 bi – Internacional (-190 mi; -1)
7º) R$ 2,090 bi – Athletico-PR (-4 mi; igual)
8º) R$ 1,449 bi – Fluminense (+50 mi; +2)
9º) R$ 1,187 bi – Red Bull Bragantino (+315 mi; +2)
10º) R$ 1,184 bi – Santos (-231 mi; -2)
Do 11º ao 20º lugar
11º) R$ 1,037 bi – Grêmio (-370 mi; -2)
12º) R$ 766 mi – Cruzeiro (+80 mi; +2)
13º) R$ 636 mi – Fortaleza (+91 mi; +3)
14º) R$ 598 mi – Botafogo/RJ (-225 mi; -2)
15º) R$ 582 mi – América-MG (+82 mi; +3)
16º) R$ 565 mi – Coritiba (+75 mi; +#)
17º) R$ 503 mi – Vasco/RJ (-227 mi mi; -4)
18º) R$ 468 mi – Sport (+60 mi; +3)
19º) R$ 459 mi – Bahia (-135 mi; -4)
20º) R$ 450 mi – Atlético-GO (-82 mi; -3)
Do 21º ao 30º lugar
21º) R$ 420 mi – Ceará (-45 mi; -1)
22º) R$ 339 mi – Goiás (+33 mi; +2)
23º) R$ 311 mi – Cuiabá (+69 mi; +6)
24º) R$ 293 mi – Guarani (-15 mi; -1)
25º) R$ 263 mi – Santa Cruz (-9 mi; +1)
26º) R$ 262 mi – Avaí (+19 mi; -2)
27º) R$ 246 mi – Náutico (-31 mi; -2)
28º) R$ 241 mi – Ponte Preta (-15 mi; -1)
29º) R$ 218 mi – Juventude (-102 mi; -7)
30º) R$ 184 mi – Portuguesa (n/d)
Do 31º ao 40º lugar
31º) R$ 172 mi – Remo (-24 mi; igual)
32º) R$ 164 mi – Paysandu (-16 mi; igual)
33º) R$ 144 mi – Vila Nova (-10 mi; igual)
34º) R$ 134 mi – Criciúma (+24 mi; +2)
35º) R$ 130 mi – Paraná Clube (-3 mi; -1)
36º) R$ 128 mi – Vitória/BA (+16 mi; -1)
37º) R$ 95 mi – Chapecoense (-119 mi; -7)
38º) R$ 90 mi – Botafogo-SP (n/d)
39º) R$ 89 mi – Novorizontino (n/d)
40º) R$ 82 mi – CRB/AL (n/d)
A seguir, o histórico de “valuation” dos clubes do Nordeste listados nos quatro anos do estudo da Sports Value, num ordenamento a partir do ranking atual. Entre parênteses, as colocações nos rankings nacional e regional. À direita, a letra correspondente à divisão no Brasileirão.
FORTALEZA (Série A em 2024)
2020 – R$ 254 milhões (24º BR e 6º NE), A
2021 – R$ 351 milhões (18º BR e 2º NE), A
2022 – R$ 545 milhões (16º BR e 2º NE); A
2023 – R$ 636 milhões (13º BR e 1º NE); A
SPORT (Série B em 2024)
2020 – R$ 412 milhões (16º BR e 2º NE); A
2021 – R$ 345 milhões (19º BR e 3º NE); A
2022 – R$ 408 milhões (21º BR e 4º NE); B
2023 – R$ 468 milhões (18º BR e 2º NE); B
BAHIA (Série A em 2024)
2020 – R$ 550 milhões (14º BR e 1º NE), A
2021 – R$ 459 milhões (15º BR e 1º NE), A
2022 – R$ 594 milhões (15º BR e 1º NE); B
2023 – R$ 459 milhões (19º BR e 3º NE); A
CEARÁ (Série B em 2024)
2020 – R$ 259 milhões (23º BR e 5º NE), A
2021 – R$ 292 milhões (24º BR e 5º NE), A
2022 – R$ 445 milhões (20º BR e 3º NE); A
2023 – R$ 420 milhões (21º BR e 4º NE); B
SANTA CRUZ (sem divisão em 2024)
2020 – R$ 292 milhões (20º BR e 3º NE); C
2021 – R$ 295 milhões (23º BR e 4º NE); C
2022 – R$ 272 milhões (26º BR e 6º NE); D
2023 – R$ 263 milhões (25º BR e 5º NE); D
NÁUTICO (Série C em 2024)
2020 – R$ 263 milhões (22º BR e 4º NE); B
2021 – R$ 287 milhões (25º BR e 6º NE); B
2022 – R$ 277 milhões (25º BR e 5º NE); B
2023 – R$ 246 milhões (27º BR e 6º NE); C
VITÓRIA (Série A em 2024)
2020 – R$ 204 milhões (26º BR e 7º NE); B
2021 – R$ 155 milhões (30º BR e 7º NE); B
2022 – R$ 112 milhões (35º BR e 7º NE); C
2023 – R$ 128 milhões (36º BR e 7º NE); B