QUINTA FEIRA, 17 DE JULHO DE 2014.
O vexame na semifinal
da Copa do Mundo não foi a única causa da demissão de Luiz Felipe Scolari.
O presidente da CBF, José Maria Marin, deixou vazar que o
treinador custava R$ 1,5 milhão por mês à entidade, entre salários e encargos
trabalhistas.
Ao contrário de todos
os clubes brasileiros, a CBF paga 100% do salário em carteira, o que aumenta
muito o custo mensal.
O Botafogo, por
exemplo, deposita apenas R$ 5 mil em carteira a Vagner Mancini e os outros R$
245 mil em direito de imagem, com tributação a cargo do empregado – o clube só
arca com o valor da nota.
Marin alegou à cúpula
da CBF que é incompatível manter gastos
de R$ 1,5 milhão com um treinador que perde por 7 a 1 da Alemanha em uma
Copa do Mundo disputada dentro de casa.
Felipão embolsava
aproximadamente R$ 900 mil por mês com salários. Os outros R$ 600 mil eram
desembolsados pela CBF com impostos, recolhimento de Fundo de Garantia e outras
obrigações.
Seu antecessor, Mano
Menezes, também recebia todo o salário em carteira. O presidente da CBF ainda reclamou aos dirigentes mais próximos da
teimosia de Felipão.
Tudo porque os dois
observadores da seleção, Alexandre Gallo e Roque Junior, haviam aconselhado a
utilização de um terceiro volante diante dos alemães. “Mas ele quis colocar o
Bernard”, reclamou Marin.
Desde o anúncio da
demissão de Felipão, no domingo, Marin e seu vice-presidente, Marco Polo Del
Nero, procuram um substituto. Porém, é provável que eles esperem primeiro pelo
“sim” do ex-lateral-esquerdo Leonardo, atualmente dirigente, para depois
acertar com um técnico.
Leonardo foi convidado
para atuar como uma espécie de diretor de futebol da CBF.
Fonte: Jornal Hoje.