Quarta feira, 25 de janeiro de 2017.
O goleiro Jackson
Follmann, da Chapecoense, recebeu alta do hospital onde estava internado em
Chapecó (SC), nesta terça-feira, por volta das 11h00. O jogador, que teve a perna
direita amputada, era o único dos sobreviventes que continuava internado após o
acidente aéreo que matou 71 pessoas na Colômbia.
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Goleiro Jackson Follmann |
Antes de reencontrar
os familiares e amigos, Follmann concedeu uma entrevista coletiva ainda no
hospital. Em suas primeiras palavras, deixou claro a alegria de poder retornar
para casa. “Enfim chegou o grande dia. Mais uma etapa concluída, graças a Deus.
Estou muito feliz. Saio até com o coração um pouco apertado, fiz grandes amigos
aqui”.
Com bom humor,
Follmann não deixou as brincadeiras de lado ao responder as perguntas dos
jornalistas e disse, rindo, que o seu primeiro desejo é “comer um churrasco”, e
completou: “Brincadeiras à parte, quero poder sair, sentir o ar lá fora, ver as
pessoas, sentir o carinho, porque isso vai me ajudar.”
O goleiro esteve
sábado na Arena Condá, para acompanhar a primeira disputa da equipe catarinense
desde o acidente. Na ocasião, a Chapecoense ficou no empate por 2 a 2 com o
Palmeiras “A Chapecoense montou um grupo muito competitivo, tem campeonatos
importantes, e tenho certeza que vai levar alegria,” comenta Follmann.
Sobre os seus próximos
passos, o atleta deixa claro que continuará em Chapecó. “É minha vontade sim
(seguir na Chapecoense). Foi quem me abriu as portas, é minha segunda casa.
Quero coisas grandes no clube,” explica, ainda sem decidir ainda qual função
deseja seguir, “vou buscar me aprimorar, conhecer. Agora o momento é de
aprendizado. Estarei dentro do esporte”.
O próxima etapa de
Follmann é seguir para São Paulo, onde passará pelo processo de protetização.
Segundos os médicos, uma prótese definitiva pode demorar até um ano, tempo no
qual o atleta não pensa agora. “Logo vou estar protetizado, caminhando e
fazendo tudo que fiz antes. Tenho certeza que farei muitas coisas. Quem sabe
até jogar uma bolinha?”.
Liberado do hospital,
Follmann poderá assistir à partida entre Brasil e Colômbia, quarta-feira, no
Engenhão, e diz que “representa muito (estar no jogo da Seleção). Não queria
que fosse dessa forma, perdi amigos, irmãos, mas será único”. Toda a renda
líquida do amistoso será repassada à Chapecoense, que doará o dinheiro a
familiares dos jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes.
Fonte: Estadão