Domingo, 25 de julho de 2021.
Nas Olimpíadas de Tóquio, no
Japão, que começaram na última sexta-feira (23/07), 242 competidores brasileiros são bolsistas integrantes do programa
Bolsa Atleta. Eles representam 80% dos 302 atletas que compõem a delegação do
Brasil nos Jogos. Descrição:
O Programa Bolsa Atleta do
governo federal é considerado um dos maiores programas de patrocínio individual
de atletas do mundo. Em 18 das 33 modalidades que o Brasil disputará no Japão,
100% dos atletas são bolsistas do programa. Seis praticam tênis de mesa; oito,
vôlei de praia; quatro, saltos
ornamentais; cinco, ciclismo
(levando em conta mountain bike e BMX); sete,
ginástica artística; e três,
taekwondo. Já no atletismo, 48 dos
51 esportistas fazem parte do programa e, dos 26 atletas da natação, 25 integram o Programa Bolsa Atleta.
Aos 45 anos, Jaqueline Mourão é a representante
nacional no ciclismo mountain bike e está em sua sétima edição de Jogos
Olímpicos, somando sua participação em edições de verão e de inverno. Mourão
também é uma das atletas que recebem Bolsa Atleta há mais tempo no país. O
benefício tem sido fundamental para sua dedicação esportiva. "É a base que
a gente tem, a segurança que eu tenho pra poder continuar me dedicando ao meu
esporte. Sem esse incentivo, eu não teria conseguido minhas sete participações
olímpicas", afirma.
Medalhista de prata
nas Olimpíadas do Rio, em 2016, Felipe
Wu é atleta do tiro esportivo, especializado em pistola de ar de 10 metros.
É o único competidor brasileiro na modalidade a disputar em Tóquio. Contemplado
com a Bolsa Atleta, ele elogia a flexibilidade do programa. "Com
relação ao programa Bolsa Atleta, a grande importância e a vantagem dele,
digamos assim, é que é um valor que
chega diretamente ao atleta, diferente de outros programas, que a gente tem
menos flexibilidade de usar", afirma.
Entenda
A solicitação para o
Bolsa Atleta é feita de forma online, pelo site. Selecionados, os atletas assinam um termo de
adesão e são contemplados com 12 parcelas de benefícios, depositados em conta
específica da Caixa. Os valores são definidos de acordo com as seguintes
categorias: atleta de base (R$ 370),
estudantil (R$ 370), nacional (R$ 925), internacional (R$ 1.850), olímpico/paralímpico
(R$ 3.100) e pódio (R$ 5 mil a R$ 15
mil).
Os depósitos são
feitos sem intermediários e a principal prestação de contas do atleta ao
governo e à sociedade “é a obtenção de resultados expressivos nas disputas”, de
acordo com o Ministério da Cidadania. Este
ano, o programa contemplou 7.197 atletas, com um investimento previsto de
R$ 97,6 milhões.
A ciclista Jaqueline
Mourão, que passa boa parte do seu tempo no Canadá se preparando para as
competições de inverno, diz que o programa brasileiro é um estímulo que outros
países não oferecem. "Eu passo bastante tempo no Canadá. Eu vejo a
situação dos atletas lá também. E é muito legal ver um programa do governo
dando essa segurança que muitos atletas de outros países não têm".
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