Domingo, 1º de setembro de 2019.
Atualmente, a Polônia
rejeita essa memória e chegou a demitir o historiador Pawel Machcewicz do museu
da Segunda Guerra. Em seu lugar, colocou Karol Nawrocki que fez diversas
alterações na programação do museu, destacando “feitos heróicos dos poloneses”
e se esquecendo deliberadamente que a maior parte da população polonesa apoiou
o fascismo de forma voluntária.
Há 80 anos, o exército
da Alemanha de Hitler rompeu as barreiras polonesas, dando início ao maior e
mais sangrento conflito da história.
Há 80 anos era dado
início à Segunda Guerra Mundial, a maior guerra do mundo que durou de 1939 à
1945
Neste domingo, 1º de
setembro de 2019, eventos na Europa relembram o início da Segunda Guerra
Mundial, que aconteceu há 80 anos quando encouraçados alemães atacaram a
Polônia. Esse foi o ponto de partida do maior conflito que a humanidade já viu.
Naquele momento, Adolf
Hitler já governava a Alemanha e alimentava a ânsia de dominar toda a Europa. O
conflito se estendeu por seis anos e causou aproximadamente 70 milhões de
mortes, entre batalhas, campos de concentração e bombas atômicas.
Historiadores
consideram que o crescimento do fascismo e do nazismo foi fundamental para o
início da guerra. Muitos desses, agora alertam para o ressurgimento da
extrema-direita no mundo.
Este fenômeno guarda
semelhanças com o momento anterior à 2ª Guerra , mas também diferenças
importantes que precisam ser consideradas nesta comparação, como aponta o
professor e historiador Karl Schurster, livre docente da UPE (Universidade de
Pernambuco) e especialista nos temas das extremas-direitas.
De acordo com
Schuster, isso se deu por três fatores. Em primeiro lugar, a democracia na
Alemanha surgiu de forma impositiva, “quase como uma punição” ao país por ter
perdido a Primeira Guerra Mundial.
O segundo motivo é o
discurso populista usado por Hitler e outros membros do partido nazista para se
aproximar da população e esvaziar a oposição.
Por fim, o professor
apresenta como razão para a dominação fascista, o paradoxo da democracia.
“Como ela [a
democracia] é o único sistema político que se diz capaz de conversar com todos
os outros sistemas políticos que são antagônicos a ela, então ela guarda uma
espaço para o fascismo”, declara.
Nem todas as crises
levam à guerra
Schuster também
destaca que as diferenças ideológicas não são o único ingrediente para uma
guerra. Segundo ele, existe uma teoria histórica de que uma grande crise
econômica pode levar o fascismo, como foi o caso alemão.
O professor alerta, no
entanto, que essa teoria não é universal e cita como exemplo a quebra da Bolsa
de Nova York em 1929 não gerou uma guerra e também não resultou em um governo
autoritário no poder.
Revisionismo histórico
A Segunda Guerra
Mundial foi o maior conflito da humanidade, com duas bombas atômicas lançadas e
campos de concentração nos territórios dominados pela Alemanha.
Contudo, mesmo com
todas as provas e documentos que comprovem as barbaridades desse período,
cresce no mundo um movimento de revisionismo histórico.
Os maiores campos de
concentração ficaram sediados na Polônia, que estava sob domínio nazista.
A Polônia também foi
invadida pela União Soviética em 1939, fazendo com que o território fosse
dividido entre Alemanha e União Soviética.
Por Carolina Vilela*, do R7
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