Sábado, 26 de dezembro de 2015.
As contas de energia
elétrica no Brasil devem ter em 2016, reajuste
médio de 4,6%, informou nesta quarta-feira (23) o diretor de Política
Econômica do Banco Central (BC), Altamir
Lopes. De acordo com Lopes, porém, essa estimativa não considera a taxa das
bandeiras tarifárias, que passaram a incidir nas tarifas em 2015 e refletem o
custo mais alto da produção de energia pelo uso mais intenso de termelétricas.
A eletricidade gerada pelas termelétricas é mais cara porque elas utilizam
combustíveis como óleo e gás natural para funcionar. Em 2015, o uso das
termelétricas – e a aplicação das bandeiras tarifárias – contribuiu para um
aumento médio de 51,6% nas contas de luz no país. Em 2014, por exemplo, para
evitar o repasse imediato desse custo aos consumidores, e um salto nas tarifas,
o governo fez empréstimos bancários para ajudar as distribuidoras. A estimativa
de 4,6% leva em consideração, porém, os impactos
do fenômeno El Niño, que deve elevar as chuvas em algumas regiões do país.
A maior incidência de chuvas contribui para encher os reservatórios de
hidrelétricas, que produzem energia mais barata. Com represas cheias, o país
passa a utilizar mais energia das hidrelétricas e, consequentemente, menos as
termelétricas. Por isso, a expectativa é que deve cair em 2016 a taxa paga
pelos consumidores via bandeiras tarifárias.
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