DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2014.
Goetze marcou um
golaço aos 7 min do 2° tempo da prorrogação
Matthias Hangst/Getty
Images
A incompetência da
seleção brasileira não garantiu a final dos sonhos de qualquer competição. Mas
só por isso não foi um grande espetáculo de futebol. A Alemanha venceu a
Argentina por 1 a 0 na prorrogação e garantiu neste domingo (13), em pleno
Maracanã, seu quarto título de Copa do Mundo (1954, 1974, 1990 e 2014).
O jovem Mario Goetze
saiu do banco de reservas e colocou toda uma geração na história a oito minutos
do fim com um gol de pura técnica. Mais do que isso, evitou que os hermanos
verdadeiramente sambassem no Rio de Janeiro. Do outro lado, o craque Lionel Messi
amargou mais uma decepção em sua história na competição.
Ainda que pelas linhas
tortas, foi possível perceber que o amontoado de jogadores do time da
Confederação Brasileira de Futebol não tinha mesmo condições técnicas e mesmo
psicológicas de atuar em uma decisão deste porte. Alemães e argentinos
justificaram a final mais repetida da história. A Copa do Mundo de 1986 ficou
para trás e se repetiu a vitória em 1990.
Grande parte dos
brasileiros ainda tentou defender uma honra que de fato não existe desde a
humilhação diante da Alemanha (7 a 1) e, como se não bastasse, a perda do
terceiro lugar para a Holanda (3 a 0). Se de um lado os argentinos entoavam o
hit “Brasil, diga-me o que sente”, os anfitriões responderam com vaias, gritos
de “pentacampeão” e, claro, intermináveis provocações a Maradona.
Como em toda grande
final, os times se mostraram um tanto conservadores de início. Depois de 64
anos, agora com 74.738 torcedores, quase cem mil a menos que antes, o para
sempre Maior do Mundo voltou a sentir a pressão de uma final de Copa do Mundo.
Duas das maiores estrelas de hoje, Thomas Mueller e Lionel Messi aos poucos
foram tomando conta do espetáculo. O camisa 10 hermano chutou para fora uma
bola no início do segundo tempo e criou outras inúmeras chances. Sentiu falta
do lesionado Di Maria na armação.
O artilheiro Higuaín
teve duas chances no primeiro tempo. Na primeira delas, chutou para fora cara a
cara com Neuer. Na segunda, até marcou, mas estava impedido. Já a Alemanha
sofreu desde o início. Sem Khedira, Kramer entrou no meio-campo. O problema é que
esse último também sofreu uma lesão e teve de ser substituído. O técnico
Joachim Low então resolveu arriscar um pouco mais e colocou Shuerrle. Os
bávaros ainda tiveram uma chance perdida com Kroos e uma bola na trave de
Hoewedes.
Sem saber, os alemães
caíram em uma antiga armadilha dos argentinos apesar de exigirem bastante de
Romero no segundo tempo. Os vizinhos enrolaram o jogo, se fecharam na defesa e
viveram de uma mágica de Messi. A prorrogação era certa mesmo com as mudanças
ofensivas de Joachim Low e a retranca de Alejandro Sabella.
Logo nos primeiros
minutos da prorrogação, dois lances poderiam ter mudado a história da decisão.
Schuerlle teve a chance para os alemães, enquanto Palacio tentou encobrir o
goleiro e também desperdiçou. Foi só aos 7 minutos do segundo tempo que a
história se decidiu. Os alemães aproveitaram um vacilo terrível da questionada
zaga argentina e coube a Mario Goetze entrar para história. Dentro da área, o
jovem de 22 anos dominou no peito e, como se fosse um veterano em Copas do
Mundo, marcou um golaço.
A festa estava só
começando no Maracanã. Até mesmo o banco de reservas alemão invadiu o campo
para comemorar. A derrota não iria mais escorrer entre os dedos. Ao final,
coube a decepção dos argentinos dentro e fora do campo. O olhar perdido de
Messi foi acompanhado do choro dos torcedores nas arquibancadas.
Os pentacampeões
parabenizaram os vencedores no apito final do italiano Nicola Rizzoli e, pelo
menos os presentes no estádio, souberam reconhecer que já não têm o melhor futebol
do mundo.
Fonte: R7.com
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