Quarta-feira, 29 de novembro de 2023.
Por Thiago Lima — Rio de Janeiro
Nove jogos depois e o Flamengo é outro time nas mãos de Tite. Nem de longe lembra aquela equipe previsível de Vítor Pereira ou aquela desorganizada sob o comando de Sampaoli. A vitória contundente por 3 a 0 sobre o América-MG no Parque do Sabiá no último domingo (a sexta no período da "Era Tite"), mostra um Rubro-Negro cada vez mais maduro e com um leque de opções maior.
Como por exemplo um Bruno Henrique ponta-direita. Surpresa na escalação, o atacante ganhou a primeira chance de sair jogando na posição que havia entrado contra o Bragantino. Não que tenha sido brilhante. Pelo contrário, ele nitidamente ainda parece meio torto, digamos assim, por aquele lado. Mas não se omitiu, deu bastante opção, serviu Pedro no gol e ajudou nas recomposições.
Um movimento inteligente de Tite e sua comissão. Com esforço, BH pode conseguir se adaptar melhor ao setor e ter uma briga boa com Luiz Araújo, já que na esquerda é impossível tirar Cebolinha atualmente. Em uma evolução absurda, o atacante se tornou um dos grandes nomes da equipe e até gol de cabeça agora ele está fazendo (contra o Bragantino também quase fez um na bola aérea).
Com seis gols em nove partidas, Pedro é outro jogador que cresceu na "Era Tite" e tem sido fundamental na arrancada rubro-negra. O técnico só não conseguiu ainda recuperar Gabigol, que pela primeira vez passou um jogo inteiro no banco com o treinador.
"Ah, mas jogou com o lanterna", dirão alguns. Obviamente não se pode ignorar o nível técnico do adversário, mas esse mesmo time tirou dois pontos do Flamengo no 1 a 1 do primeiro turno no Maracanã. No Parque do Sabiá, o Rubro-Negro soube anular Mastriani, principal atacante do América-MG, e cedeu apenas duas chances claras: o chute no travessão de Felipe Azevedo aos 11 minutos, no único vacilo de Matheuzinho; e a finalização de Martínez aos 13 que passou perto, após erro coletivo numa saída de bola.
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