Sábado, 19 de novembro de 2022.
Torcedores utilizam as redes sociais para parabenizar Pelé pelo feito conquistado no estádio do Maracanã.
Há exatos 53 anos, no dia 19 de novembro de 1969, o Rei do Futebol, Pelé, marcava seu gol de número 1000 na carreira. Assim, o jogador de apenas 29 anos balançou as redes ao converter uma penalidade durante a vitória do Santos por 2 a 1 sobre o Vasco, no Maracanã.
Aos 33 minutos deixaram Clodoaldo livre. Ele avançou pelo meio da intermediária vascaína e enfiou uma bola rasteira para Pelé. Este dominou na corrida e se preparava para chutar quando foi abalroado por dois zagueiros adversários e caiu sobre a marca do pênalti. Manoel Amaro foi caminhando até onde estava Pelé e abaixou o corpo para apontar a marca.
Desesperado, o goleiro Andrada jogou a bola com força para o chão, depois tentou argumentar com o árbitro e, por fim, conversou com Pelé. Um outro jogador vascaíno cavava a marca de pênalti com o pé. Os jogadores do Santos foram todos para a risca do meio-de-campo. O público passou a gritar o nome de Pelé insistentemente.
De frente para o gol, Pelé se abaixou para arrumar as meias. Depois se virou para o campo, viu que seus companheiros estavam perfilados no círculo central e sorriu. Aos poucos todos saíram da área e ficaram só ele, a bola e Andrada.
Um silêncio pesado se fez em todo o estádio. Pelé deu três passos lentos. Apressou a marcha ameaçando uma corrida, deu uma ligeira paradinha e, num tiro seco, bateu com o pé direito no canto esquerdo do goleiro. Andrada voou com vontade, conseguiu raspar na bola, mas não evitou o gol. A bola branca atravessou a linha de gol aos 34 minutos e 12 segundos. Desacreditado, o vascaíno passou a esmurrar o chão.
Pelé não deu o soco no ar. Trocou a tradicional marca pela corrida até o fundo das redes. Foi em busca da bola do jogo. Os jornalistas saíram de trás do gol e imediatamente colocaram Pelé sobre os ombros. O estádio gritava o nome do Rei.
Os dirigentes do Vasco pediram a Pelé para vestir a camisa do time carioca, que ele já tinha vestido em alguns jogos por um combinado Santos-Vasco, em 1957. Na camisa havia o número 1000. Pelé deu a volta olímpica com ela, seguido por uma pequena multidão. Ao ser ouvido, pediu que o governo olhasse pelas crianças pobres do Brasil. Pelé deixou seu recado para o mundo.
Fim do jogo, início das homenagens!
Depois da marcação do milésimo, Pelé recebeu muitas homenagens, a começar por um diploma da FIFA assinado por seu presidente, sir Stanley Rous, enaltecendo o feito. O vestiário ocupado pelo Santos no jogo recebeu uma placa com o seu nome. João Havelange entregou-lhe uma medalha de ouro em nome da CBD. Outra medalha de ouro foi dada pela Federação Carioca. A Companhia Brasileira de Telégrafos ofertou-lhe o painel do selo comemorativo e a Escola de Samba da Mangueira, por intermédio de seu passista Bira, deu-lhe um tamborim de prata.
Aos 82 anos, Pelé costuma usar as redes sociais para manter contato com os fãs. Dessa forma, no seu último aniversário, em 23 de outubro, ele disse que a interação com os torcedores é seu “melhor presente”.
1.282 gols na carreira
Em toda a carreira, Pelé somou 1.282 gols marcados. Assim, foram 1.091 somente pelo Santos, 95 na Seleção Brasileira e 64 no Cosmos. Os outros gols foram por amistosos ou partidas não oficiais. Pelé conquistou três Copas do Mundo, duas Libertadores, dois Mundiais de Clubes e seis títulos nacionais com a camisa do Peixe.
Com isso, algumas pessoas relembraram o feito do rei do futebol neste sábado (19).
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