Domingo, 21 de novembro de 2021.
Por FogãoNET
Tem toda razão o
presidente do Botafogo Durcésio
Mello quando reclama da falta de premiação em dinheiro para o
campeão da Série
B do futebol brasileiro.
Porque é mesmo um
absurdo que o vencedor de uma competição tão disputada, que este ano teve cinco campeões nacionais
(Vasco/RJ, Botafogo/RJ, Coritiba, Guaraní/SP e Cruzeiro/MG) lutando por
vaga entre os quatro primeiros, receba como única gratificação o direito de
entrar na terceira fase da Copa do
Brasil do ano seguinte.Durcésio Mello, Presidente do Botafogo.
Não custa lembrar que
em 2020, ano comprometido pela pandemia, a CBF faturou
R$ 716 milhões em direitos de transmissão, patrocínios e dinheiro que ainda vem
do Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014.
A entidade mostrou no
seu último balanço anual que 523 dos R$ 716 milhões foram gastos com
competições que promove e com a seleção brasileira.
Ou seja: não é por
falta de espaço no orçamento.
Principalmente se
levarmos em consideração que em 2019, um ano sem o impacto da Covid, a CBF pôs
R$ 957 milhões nos cofres, gastando quase o mesmo de 2020 – R$ 535 milhões.
Com a modernização dos
modelos de gestão em clubes regionais caiu a diferença que os separava dos
grandes nacionais – principalmente dos que não se equilibraram entre receita e
despesa.
E essa nova
configuração do futebol nacional transformará a Série
A numa competição a cada ano mais difícil na parte de baixo da
tabela, com chances cada vez maiores de despejar na Série B as grandes marcas.
Em 2020, o Cruzeiro bateu
e ficou.
Em 2021, o Vasco.
E em 2022, ao que
parece, poderemos ter a presença do Grêmio e
de mais um campeão nacional.
E reparem que
caminhamos para um desfecho muito parecido com o o Brasileiro de 2020 num
aspecto muito significativo: três dos quatro clubes que emergem da Série B,
três permanecem – na temporada passada, dos quatro que subiram em 2019, apenas
o Coritiba voltou
para o andar de baixo.
Bragantino, Sport e Atlético-GO ficaram.
E este ano, dos quatro
promovidos em 2020, a Chapecoense deverá ser a única rebaixada,
com Cuiabá, América-MG e Juventude ficando
mais um ano entre os maiores.
E é evidente que isto
reflete no grau de complexidade da Série B.
Portanto, se a CBF tem mesmo o interesse de trabalhar pela melhoria da qualidade do futebol brasileiro, está mais do que na hora de rever a política orçamentária e instituir uma premiação mais justa aos primeiros colocados da Série B….Fonte: Blog do Gilmar Ferreira - Extra Online / Rio de Janeiro-RJ
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