Segunda feira, 1º de novembro de 2021.
O rebaixamento não está confirmado, mas a Chapecoense já jogou a toalha. Com apenas 13 pontos em 28 rodadas, a probabilidade de queda para a Série B é de 99%.
"Neste ano ainda há alguma chance, mas é bem remota. A gente tem de ser realista", afirma o presidente Gibson Sbeghen.
A tragédia completará cinco anos no próximo dia 28.
A Chapecoense estava em ascensão no futebol brasileiro e chegava à primeira final continental de sua história. Depois disso, os problemas se acumularam. A agremiação não tinha um centavo de dívidas em 2016. Hoje, está no vermelho em R$ 120 milhões.
A equipe foi rebaixada para a Série B em 2019. No ano seguinte, chegou a correr risco de queda da primeira divisão do Campeonato Catarinense. Conseguiu voltar à elite nacional na temporada passada, mas uma queda agora é iminente.
A campanha na atual Série A é uma das piores do torneio na era dos pontos corridos, iniciada em 2003. Os 13 pontos conquistados representam 15,4% de aproveitamento. É pouco superior ao América-RN do Brasileiro de 2007, dono do pior percentual, com 15%.
Nesta segunda-feira, 1º, a Chapecoense visita o Corinthians às 21h30, na Neo Química Arena.
"A volta para a Série A em 2020 foi uma surpresa. Nossa prioridade era não cair para a Série C. Subir foi algo inesperado", define Sbeghen.
O presidente reconhece que os problemas da Chapecoense não foram causados apenas pela tragédia, embora seja um fator relevante. O clube perdeu, na queda do avião, quase todo o seu elenco profissional e a diretoria responsável por administrar o projeto que colocara o time no mapa do futebol sul-americano.
Técnicos e jogadores
que passaram pela equipe nos últimos cinco anos disseram à Folha que a mudança
aconteceu também no modelo de administração e na filosofia de contratações. A
tentativa de recapturar os resultados do passado fizeram diretorias darem
passos maiores do que as pernas.
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