Sábado, 04 de setembro de 2021.
Em apresentação ao
Conselho de Administração, diretoria mostrou conceitos básicos do plano.
Por Felipe Schmidt — Rio de Janeiro.
Gávea, Sede Social do Flamengo - Foto: Alexandra Vidal / Flamengo
A boa aceitação do
Conselho de Administração do Flamengo após a apresentação do projeto de
internacionalização da marca do clube, na última quinta-feira, aumentou o
otimismo por um desfecho positivo.
Na apresentação, que
agradou até mesmo a opositores, a diretoria mostrou os conceitos básicos do
plano de assumir o controle de um clube na Europa - o Tondela é o clube
com que tudo está mais encaminhado.
+
Projeto do Flamengo na Europa é apresentado e tem boa avaliação no Conselho de
Administração
Durante a
apresentação, o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes, optou
por não citar nomes de clubes, mas revelou que conversou com cinco equipes de
Portugal. O dirigente é o responsável por tocar o projeto diretamente.
O plano do Flamengo
tem a expectativa de conseguir, com o novo clube, uma vaga na Liga dos
Campeões entre sete e oito anos.
Estimativa para
classificação a torneios europeus
Conference League |
2 anos |
Liga Europa |
3 anos |
Liga dos Campeões |
7 a 8 anos |
Durante este eventual
crescimento do novo clube, o Flamengo está de olho até mesmo na renegociação de
direitos televisivos. O contrato atual da Liga Portuguesa se encerra em
2027/2028, e há expectativa de aproveitar esta janela para incrementar a
receita, caso o projeto avance como esperado.
Em relação a usar o
clube europeu como uma vitrine para jogadores, uma ideia é usar atletas da base
sem espaço no elenco profissional do Flamengo. O mecanismo para isso seria
emprestar estes nomes para o novo time.
Em caso de avanço no
projeto, a diretoria estima que o Flamengo possa incrementar seu
patrimônio em R$ 150 milhões. No plano, o clube entrará com sua marca, enquanto
o dinheiro virá de investidores. O novo ativo rubro-negro, que poderá ser
listado em futuros balanços, será decorrente da exploração de sua marca no novo
time.
Um dos riscos do
projeto, relatado na apresentação pela diretoria, é o Flamengo contrair dívida
em euro. Isso, porém, precisaria ter aprovação dos conselhos do clube. Para
participar de uma sociedade no exterior, será proposta uma emenda ao estatuto,
que atualmente não trata diretamente da questão.
Negociação com o
BTG
O próximo passo do
projeto é conseguir assinar com um banco. O Flamengo tem conversas avançadas
com o BTG Pactual e discute bases comerciais.
Dentro do projeto, a
presença de um banco é uma forma de estruturar toda a operação. O BTG seria
responsável por chancelar o plano de negócios, validando os cálculos e as
projeções do plano, além de organizar o mix de investidores, caso haja demanda.
Por fim, caberá ao banco liquidar a operação para que os investidores adquiram
uma parcela da sociedade da empresa a ser formada no exterior.
De acordo com
investidores que já tiveram contato com o clube, a ideia é levantar 50 milhões
de euros (cerca de R$ 307 milhões).
- Ficamos muito satisfeitos com a receptividade do Conselho de Administração sobre o conceito do projeto. Foi unânime que é um caminho ótimo para o Flamengo. Agora nosso foco é contratar um banco e captar investidores. Sem os investidores, não podemos dar o próximo passo - disse Tostes.
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