Segunda feira, 26 de julho de 2021.
Por lance.com.br
TJRJ contesta assembleia de 2017 que mudou peso dos votos para presidente. Interventores vão comandar entidade por 30 dias e devem organizar nova eleição.
Rodolfo Landim foi nomeado como um dos interventores da CBF (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
A
eleição de Rogério
Caboclo para a presidência da CBF, que ocorreu em abril de 2018,
foi anulada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (28). A
decisão ocorre após o magistrado contestar a Assembleia Geral que mudou a forma
de votação para a presidência de entidade, ocorrida em 2017.
De
acordo com a sentença do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da
Barra da Tijuca do TJRJ, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol,
foram nomeados para comandar a CBF por 30 dias. Neste período, a dupla terá que
organizar uma nova eleição e não poderá concorrer ao cargo.
O principal motivo da decisão foi a mudança de peso dos votos da eleição, que
foi realizada em 2017 pelos presidentes de federações, sem consultar os clubes
da Série A. A CBF entende que a eleição não pode ser anulada porque a ação foi
proposta um ano antes do pleito que teve Caboclo como único candidato. A
entidade deve recorrer da decisão do juiz da 2ª Vara Cível da Barra.
A assembleia de quatro anos atrás definiu que o colégio eleitoral passasse a
ter votos com peso três para os 27 presidentes das federações estaduais, peso
dois para os clubes da Série A e peso 1 para os clubes da Série B. Ou seja, a
totalidade de votos das federações (81) ficou superior à dos clubes das duas
divisões (60).
Além de Caboclo, os
oito vice-presidentes eleitos estão afastados da CBF. Apesar do estatuto da
entidade prever que o diretor mais velho assuma o cargo e faça uma nova eleição
em 30 dias, a Justiça decidiu convocar os presidentes do Flamengo e da
Federação Paulista para ocupar o comando até novo pleito.
A anulação da eleição é apenas mais um episódio da maior crise da história da
CBF. Em maio deste ano, Caboclo foi acusado de assédio moral e sexual por uma
funcionária da entidade e acabou sendo afastado do cargo pela Comissão de Ética
do Futebol.
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