Quarta feira, 21 de abril de 2021.
Presidente do Real
Madrid há quase 20 anos, Florentino Pérez vê plano de torneio naufragar com as
desistências dos clubes ingleses. Andrea Agnelli, da Juventus, comprou briga
com a Uefa
Por Rodrigo Lois* — Rio de Janeiro
Você já deve ter
ouvido falar da trilogia do filme "Onze Homens e um Segredo". O
futebol internacional teve nos últimos dias a revelação do plano (que nem era
tão sigiloso assim) da criação
da Superliga. Mas o projeto de 12 dos principais clubes da Europa de
construir um novo torneio — e implodir a Liga dos Campeões — saiu pela culatra.
Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e
Tottenham. Atlético de
Madrid, Barcelona e Real Madrid. Inter de Milão, Juventus e Milan. Esses eram
os clubes fundadores da Superliga.
"Eram"
porque os clubes ingleses já desistiram, assim como Atlético
de Madrid, Inter de Milão, Juventus e Milan. A repercussão negativa fez a
competição ser suspensa. O Barça, único sobrevivente junto ao Real
Madrid, só continua se os seus sócios aprovarem.
Dos 12 clubes
mencionados, 11 figuraram entre os 14 mais ricos da Europa ao
fim da última temporada, segundo
levantamento da consultoria inglesa Deloitte. Se Paris-Saint
Germain, Bayern
de Munique e Borussia Dortmund tivessem aceito o convite, seriam
todos. O Milan ocupou o 30º lugar no último ranking.
Um terço dos
(ex-)integrantes desta "super liga" tem como donos investidores
norte-americanos. Em outros três clubes, quem dá as ordens é um estrangeiro de
outro país. Só três contam com um mandatário "100% nacional". E dois
funcionam sob o modelo de sócios.
Apesar da iminente
derrocada do projeto, a pergunta persiste: Quem deu as cartas para a criação da
Superliga?
O presidente do
Real Madrid, Florentino Pérez, é figura central. Ele também é o líder da Superliga
(caso ela continue existindo). O espanhol defende há tempos a adoção da
competição, mas a primeira vez que falou abertamente sobre o assunto foi em
dezembro, durante
a Assembleia Geral dos sócios do Real.
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