Terça feira, 15 de dezembro de 2020.
Diretoria planeja
fechar o ano em dia e evitar cláusula de inadimplência da redução salarial.
Por Felipe Siqueira e
Thiago Lima — Rio de Janeiro
O Fluminense pagou
nesta terça-feira 20% dos salários CLT de outubro de seus jogadores e
funcionários. O clube tem mais 15 dias para completar o mês, quitar novembro e
acertar outros débitos pendentes com o elenco para fazer valer o acordo
de redução salarial firmado com os atletas no início da pandemia da Covid-19.
Na O que falta
pagar:
época, a diretoria se
comprometeu a fechar o ano em dia sob uma cláusula de inadimplência que dizia:
se o Fluminense não honrar com os compromissos assumidos dentro dos prazos, até
o fim de 2020, a redução salarial será cancelada, e o clube será obrigado a
pagar a diferença que havia cortado dos jogadores: 15% em março, 25% em maio e
25% em junho.
- 80% dos salários de outubro
- 100% dos salários de novembro
- 20% dos salários de março (que
ficaram para dezembro)
- 50% dos salários de abril (que
ficaram para dezembro)
- 1/3 das férias tiradas em abril
Apesar do pouco tempo,
a diretoria mantém a expectativa de conseguir fechar o ano em dia. Como
dezembro só vence em janeiro, o mês não entra na conta. As saídas de Odair
Hellmann e Digão aliviam os cofres em uma economia de quase meio milhão na
folha, mas só valerá a partir de 2021, uma vez que o técnico e o zagueiro
trabalharam até novembro e também terão que ser pagos.
Há anos, ao longo de
diferentes diretorias, o Fluminense vem tendo dificuldade de deixar os salários
em dia em razão da situação financeira do clube. A atual diretoria, comandada
pelo presidente Mário Bittencourt, assumiu o cargo em junho de 2019 com duas
remunerações e meia em atraso e já quitou 20 folhas em 17 meses, incluindo o
13º de 2018.
A pandemia do novo
coronavírus deixou o cenário ainda mais desafiador. Para minimizar a perda de
receita, a direção fez acordos de redução salarial com elenco que ajudou a
aliviar os cofres das Laranjeiras: houve descontos nos meses de março (15%),
maio (25%) e junho (25%), além da postergação de 50% de abril para ser quitado
em dezembro.
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