Domingo, 05 de julho
de 2020.
Rogério Caboclo, em
entrevista ao Globo, afirmou que medida existe devido à necessidade de ajustar
todo o calendário do futebol até 2022, ano previsto para a Copa do Mundo.
O início da Série A
do Brasileiro em 9 de agosto é algo definido. É o que diz o presidente da
CBF, Rogério
Caboclo, em entrevista ao jornal O Globo. Em termos de calendário,
as Séries B e C devem começar um dia antes (8), enquanto a Copa do Brasil
retorna em 26 de agosto.
"Na Série A, houve um voto dissidente sobre o mando, mas
nenhuma dúvida se a competição vai começar ou não dia 9 de agosto. Brasileirão
é algo definido e determinado. A Série B inicia no dia 8, na véspera. Definimos
com a Série C que ela recomeçará na mesma data da B. A Copa do Brasil volta em
26 de agosto."
Rogério Caboclo, presidente da CBF - Foto: Lucas Figueiredo/CBF |
Isso, mesmo que as
equipes precisem jogar fora de suas praças, caso os respectivos municípios não
estejam em condições sanitárias adequadas.
O objetivo da
entidade, que reconhece a impossibilidade de espremer as datas necessárias ao
longo deste ano, é conseguir ajustar todo o calendário do futebol até 2022.
- Vai invadir janeiro,
fevereiro, pode chegar a meados do mês. Mas temos algumas premissas que vão
além. Muita gente não leva em consideração. Nosso horizonte é a Copa do Mundo
de 2022, marcada para começar em novembro. Obriga o nosso calendário a terminar
pelo menos um mês antes, em outubro de 2022. Temos que encerrar 2020 na segunda
quinzena de fevereiro, iniciar os estaduais na última semana do mesmo mês, o
Brasileiro no final de maio de 2021.
Com isso, a ideia da
entidade é encerrar a temporada de 2021 na primeira semana de dezembro, com
férias e pré-temporada seguinte obedecendo o ritmo usual. Para cumprir com a
nova programação, de acordo com o mandatário da CBF, até mesmo as pausas do
Brasileirão em data Fifa serão suspensas.
"Infelizmente,
é impossível. Lamento profundamente, mas nem considero como uma questão não
cumprida. Diante do que aconteceu, essa questão não é nem cogitável mais. Se
fossemos, preservar a seleção, não entregaríamos as competições. Todos vão
compreender que é impossível."
Sede da CBF - Foto: Rodrigo Cerqueira. |
A Série D vive um
cenário diferente. Com 68 participantes e 61 cidades envolvidas, não há a mesma
flexibilidade para jogar em outras praças.
- Demandam um
operacional um pouco mais complexo. As equipes precisam de maior reestruturação
para voltar e também uma logística maior.
Em relação aos
estaduais e os mecanismos necessários para conciliar os rumos das competições
com o Brasileiro, marcado para agosto, Caboclo declara-se entusiasta das
disputas.
Mas afirma que a
CBF não tem resposta para este caso, uma vez que eles se comportam dentro dos
limites de cada estado.
- Sou entusiasta dos
estaduais. São o cerne do futebol do Brasil. Promovem a disputa local, criam
interesse do torcedor. Há um aspecto importante: a possibilidade de mais clubes
de âmbito nacional terem a chance de títulos. Com isso, podem manter e aumentar
a torcida, obter receitas. Existe outro ponto: o fomento do futebol na sua
essência, forjar os nossos craques. Por isso a cadeia do futebol é tão rica.
Quando a gente tirar a oportunidade de clubes da Série D de disputarem com
grandes uma competição inteira, podemos ruir com um sistema altamente
produtivo.
Por GloboEsporte.com — Recife
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