Domingo, 31 de maio de 2020.
Grupo formado pela
Secretaria de Previdência e Trabalho, Polícia Federal e Ministério Público
Federal já realizou 11 ações para desarticular quadrilhas.
Operação Lazarus deflagrada pela Polícia Federal no de Janeiro. |
Uma organização criminosa que reativava benefícios do INSS suspensos por falta de prova de vida foi desarticulada na última quarta-feira (27/05), no Rio de Janeiro, durante a operação Lazarus. Apenas essa fraude poderia desviar R$ 6 milhões dos cofres públicos.
Desde o início do ano,
mesmo com a pandemia
de coronavírus, a Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista já evitou
prejuízo de mais de R$ 37 milhões com desarticulações de quadrilhas e
flagrantes.
Onze ações de combate
às fraudes foram realizadas este ano pela força-tarefa, formada pela Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Polícia Federal e
Ministério Público Federal.
Por causa da covid-19,
a realização de operações está a critério das políticas de enfrentamento da
pandemia adotadas pela Polícia Federal.
"A força-tarefa
foca todos os esforços para identificar e desarticular esses esquemas
criminosos que atuam contra a Previdência e também contra a legislação
trabalhista", afirma Marcelo Henrique de Ávila, coordenador-geral de
Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), responsável por investigar e
analisar indícios de crimes na Previdência.
Só no ano passado, as
operações possibilitaram uma economia de R$ 961 milhões aos cofres públicos. O
valor é mais que o dobro do registrado em 2018, de R$ 464 milhões. O cálculo da
economia se refere a pagamentos suspensos após a desarticulação de esquemas
criminosos.
Para este ano, a
previsão é de realizar mais de 140 ações especiais. Já são 320 casos em
investigação pela CGINT, que atua contra os fraudadores desde 2003. "Como
temos rede de inteligência, a gente consegue identificar quando um fraudador
apresenta documentação falsa. Comunicamos a Polícia Federal, que consegue fazer
o flagrante. Isso é importante porque tem efeito educativo", explica
Ávila.
Cronologia das
ações de 2020
30/01 - Flagrante em
Goiás - R$ 170.056,00
04/02 - Operação
Rasputin (BA) - prejuízo de R$ 1,2 milhão, mas desarticulação proporcionou
economia estimada em mais de R$ 1,2 milhão
12/02 - Operação
Recidiva II (PR) - prejuízo de pelo menos R$ 5 milhões.
13/02 - Operação
Tartufo (PA) - prejuízo de R$ 200 mil, mas economia de mais de R$ 1,9 milhão.
14/02 -Operação Senes
II (PI) - prejuízo de R$ 7,6 milhões, mas a economia de R$ 13,6 milhões.
05/03 - Operação
Confinamento (RO) - prejuízo de pelo menos R$ 2,24 milhões, mas economia com a
desarticulação do esquema pode chegar a R$ 16,3 milhões.
06/03 - Operação Canoa
Furada II (PI e MA).
13/05 - Flagrante em
Cabo de Santo Agostinho (PE) - evitou um prejuízo da ordem de R$ 220 mil e
proporcionou economia de pelo menos R$ 876 mil.
21/05 - Operação Tempo
Perdido (TO) - economia proporcionada pela desarticulação do esquema criminoso
supera a casa dos R$ 11 milhões.
22/05 - Flagrante em
Feira de Santana (BA).
27/05 - Operação
Lazarus (RJ) - prejuízo de R$ 2 milhões, mas economia com o fim da fraude de
aproximadamente R$ 6 milhões.
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