Domingo, 16 de fevereiro de 2020.
Depois do infarto e
perto dos 70 anos, narrador se poupa na Supercopa. Será assim daqui para a
frente. E CBF tomou conta da transmissão.
Sem fôlego, Galvão se poupou na Supercopa do Brasil. Será sempre assim. Foto: Reprodução / Twitter. |
A Supercopa do Brasil,
disputada hoje, e vencida com facilidade pelo Flamengo, marcou o início
de uma nova fase. Tanto para a Globo... Como
para Galvão Bueno.
A emissora carioca se
viu diante do dilema que não conseguiu superar em 2017. A dona da transmissão
do jogo era a CBF.
A entidade revenderia
as imagens à emissora carioca. Não o
direito de transmissão.
A CBF fez isso há três
anos, nos amistosos contra Argentina e Austrália.
A Globo não aceitou e
a CBF fez uma parceria com a TV Cultura, que exibiu os jogos. Pelé trabalhou
como comentarista no jogo diante dos argentinos.
A entidade comandada
por Rogério Caboclo resolveu ficar com a 'parte do leão'. E revender os
direitos de transmissão apenas. Ela pode
assim interver. Não deixar a Globo negociar a partida para o exterior com
'sua'.
A Globo pode mostrar
também na Globo Internacional. Mas a CBF pode ficar livre para negociar com os
países que desejar.
Será o caminho
definitivo nos jogos da seleção brasileira.
Daí, por exemplo, a
adoção da marcação internacional do tempo de jogo. Somando os minutos do
primeiro e segundo tempo.
A outra novidade ruim para a Globo é a evidente limitação de
Galvão Bueno.
Ele já vinha se
poupando, pelo menos há dez anos, conversando mais durante os jogos do que
narrando.
Por conta da
personalidade, extrapolando a função de narrador para a de comentarista.
Da idade, em julho, completará 70 anos.
Mas o infarto que
sofreu no ano passado teve um peso ainda mais decisivo.
Ele não tem fôlego,
mesmo com a aparelhagem moderna da Globo, para gritar gol, como fez em toda a
carreira. Decidiu contar o lance, em detalhes, antes do grito curto de gol.
Além disso, Galvão não
acompanha mais com a mesma atenção, segurança, as informações dos repórteres.
Nadja, repórter do Paraná. Cobrada de forma rude por Galvão Bueno. Foto: Reprodução / Twitter. |
Nadja Mauad deu todas as informações sobre o lateral Abner, do Athletico Paranaense. O narrador não
ouviu e ainda a cobrou de forma rude durante a transmissão, como se ela não
tivesse falado de qual clube o Athletico comprou o atleta. Nadja havia dito.
Ponte Preta. Só Galvão não ouviu.
Diante da forte e
rápida reação nas redes sociais, o narrador teve de pedir desculpas à repórter.
Ficou constrangedor.
A direção da Globo
sabe muito bem destas condições. E vai poupá-lo ao máximo.
Só trabalhará em jogos
importantes.
Nada de confrontos
entre grandes e pequenos nos Estaduais. Partidas só de relevância. Viagens
também controladas.
Até mesmo sua
participação no Bem, Amigos. Nada de 'sacrifício' para participar do programa.
Seu salário segue
cortado, como foi em 2019. Recebe 'apenas' R$ 500 mil mensais.
Mas com ampla
liberdade para fazer propaganda. CBF e Galvão viraram preocupações para a
Globo...
Por COSME RÍMOLI Do R7
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