Quarta feira, 18 de dezembro de 2019.
Sem dinheiro para
reforços, clubes buscam soluções conjuntas e admitem liberar atletas a rivais.
Por Martín Fernandez e
Tossiro Neto — Luque, Paraguai.
Juntos na mesma edição
da Copa Libertadores pela primeira vez na história, os quatro grandes clubes de
São Paulo se reaproximaram nesta semana, durante a viagem ao Paraguai para o sorteio
da competição.
Dirigentes de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo viajaram juntos
ao Paraguai num avião fretado pela Federação Paulista de Futebol -- e ao longo
do voo conversaram sobre mais assuntos em comum do que a Libertadores de 2020.
Os quatro clubes
paulistas lidam com algumas situações em comum para a próxima temporada: nenhum
deles tem dinheiro sobrando para reformular o time à base de contratações
bombásticas e todos têm elencos em que sobram jogadores que não serão
utilizados em 2020.
+ Veja as negociações do Corinthians
+ Veja as negociações do Palmeiras
+ Veja as negociações do Santos
+ Veja as negociações do São Paulo
+ Veja as negociações do Palmeiras
+ Veja as negociações do Santos
+ Veja as negociações do São Paulo
A partir desse
cenário, os cartolas entendem que faz mais sentido promover trocas de jogadores
do que negociações que envolvam desembolso de dinheiro. A ideia agrada a
dirigentes ouvidos pelo GloboEsporte.com.
Galiotte e Andrés Sanchez, presidentes de Palmeiras e Corinthians. Foto: Marcos Ribollli. |
Um deles citou até a
possibilidade de realização de um "draft" -- processo de alocação de
atletas em times muito comum em ligas profissionais americanas. Os clubes
fariam uma lista comum dos atletas com quem não pretendem contar, e eles
ficariam disponíveis para serem escolhidos pelos demais.
A efetivação de
qualquer negócio obviamente depende de aval das comissões técnicas, e cada
clube está em situação muito diferente.
O Santos ainda não
definiu o sucessor de Jorge Sampaoli; o Palmeiras apenas começou a conversar
sobre o planejamento com Vanderlei Luxemburgo; o Corinthians ainda nem
apresentou Thiago Nunes. No São Paulo, que tem o trabalho mais
"consolidado",
Fernando Diniz chegou
há menos de três meses.
Corinthians, Palmeiras
e Santos enviaram seus respectivos presidentes ao sorteio da Libertadores --
Andres Sanchez, Mauricio Galiotte e José Carlos Peres. O São Paulo mandou o
gerente-executivo de futebol, Alexandre Pássaro.
Os dirigentes chegaram
juntos à sede da Conmebol, estiveram juntos no sorteio e depois foram jantar na
mesma churrascaria. O evento também marcou a reaproximação definitiva entre os
presidentes do Palmeiras e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro
Bastos.
Galiotte rompeu com a
FPF depois da polêmica final de 2018, quando o Palmeiras levou à justiça uma
reclamação de interferência externa na arbitragem. Depois de um ano e meio de
afastamento, o Palmeiras voltou a manter relações com a federação.
Fonte: GE/São Paulo.
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