Domingo, 05 de março de 2017.
As equipes do Rio de Janeiro fizeram um dos melhores jogos da
temporada 2017 por todo Brasil.
Depois de muita confusão, o futebol. E um belo futebol. O Fluminense
conquistou neste domingo o título da Taça Guanabara ao vencer o Flamengo nos
pênaltis por 4 a 2, depois de empate por 3 a 3 no tempo normal de um grande
jogo. As duas equipes jogaram de maneira ofensiva e perseguiram o gol o tempo
todo. Foi uma partida que recompensou totalmente os 27.549 torcedores (25.451
pagantes) das duas torcidas que foram ao Engenhão.
Flamengo e Fluminense honraram a tradição do clássico. Fizeram um
jogaço. Os dois times procuraram o ataque o tempo todo - os tricolores, no
início, foram mais comedidos, mas sem renunciarem à proposta ofensiva -, com
velocidade, boas infiltrações e jogadas agudas.
LÁ E CÁ!
Na primeira etapa, as duas equipes tiveram comportamento bastante
semelhante. Estavam bem no setor de meio de campo e no ataque, mas suas defesas
falhavam constantemente. Esse ingrediente, porém, tornou o jogo ainda mais
eletrizante e com bastante emoção.
O Fluminense lamentou a ausência de seu principal jogador, Gustavo
Scarpa (machucado), mas na etapa se ressentiu mesmo foi da falta do poder de
marcação de Douglas, que não atuou por estar suspenso. O rubro-negro, com o
time completo, manteve o padrão das últimas partidas - com exceção da defesa,
que cometeu erros de posicionamento incríveis.
Os dois primeiros gols saíram de falta a favor do Flamengo. Mas quem
marcou primeiro foi o Flu. Diego cobrou falta na barreira e, no rebote, a bola
sobrou para Wellington Silva ainda no campo de defesa. Ele avançou em
velocidade, se livrou de Rafael Vaz e bateu na saída de Muralha.
Quatro minutos depois, aos 8, Pará cobrou falta, Júlio César falhou na
saída de gol e, na sequência, Arão marcou. Foi o primeiro gol que o Fluminense
levou na Taça Guanabara, em sua sétima partida.
Outra falha de defesa tricolor, esta da zaga, permitiu a Guerrero
cabecear para o chão e, no rebote de Júlio César, Everton fez a primeira virada
do jogo.
Mas o Flu iria buscar. Empatou numa cobrança de pênalti de Henrique
Dourado (Guerrero tocou com a mão na bola) e virou em nova e clamorosa falha da
defesa do Flamengo, que mal posicionada permitiu a Wellington lançar Lucas.
Livre, o lateral penetrou e tocou na saída de Muralha.
MUITA EMOÇÃO!
Na etapa final, o ritmo alucinante do primeiro tempo não se repetiu -
já era esperado, em função do desgaste inicial. O Flamengo parecia até meio
sonolento. Em vantagem, o Fluminense procurou cadenciar o jogo, valorizando a
posse de bola e buscando as jogadas sobretudo pelo lado esquerdo.
MENGO NO ATAQUE
O técnico Zé Ricardo, então, procurou tornar seu time mais ofensivo,
colocando os atacantes Gabriel e Berrio - este entrou no lugar no volante
Willian Arão. Pouco depois, colocou Felipe Vizeu no lugar de Trauco - Everton
foi para a lateral esquerda.
Então, o Flamengo passou a pressionar, embora exposto aos
contra-ataques. Até que conseguiu uma falta, de Richarlison em Pará, na entrada
da área. Guerrero bateu com maestria, no canto esquerdo de Júlio César, que nem
se mexeu.
O empate animou ainda mais o Flamengo, que manteve a pressão. Mas a
decisão acabou indo para os pênaltis. Então, converteram Lucas, Henrique,
Marquinho e Marcos Junior marcaram e deram o título ao Fluminense. Para o
Flamengo, Diego e Guerrero marcaram, mas Rever e Rafael Vaz perderam.
Ficha técnica da partida:
FLUMINENSE 3x3 FLAMENGO
(Nos pênaltis, Flu 4x2). Flu campeão da Taça Guanabara.
Local: Estádio Nilton Santos, “O Engenhão”, no Rio de Janeiro.
Árbitro: Wagner Nascimento Magalhães
Renda: R$ 1.258.830,00
Público: 25.451 pagantes (Total: 27.549)
Gols no tempo normal: Wellington Silva 4' 1T, Henrique Ceifador 32'
1T, Lucas 40' 1T (Flu);
Willian Arão 7' 1T, Everton 23' 1T, Guerrero
39' 2T (Fla).
Equipes:
Fluminense - Júlio César; Lucas,
Renato Chaves, Henrique e Léo; Pierre, Orejuela, Sornoza (Marquinho),
Richarlyson e Wellington Silva (Calazans); Henrique Ceifador (Marcos Junior). Técnico:
Abel Braga.
Flamengo - Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Trauco (Felipe
Vizeu); Rômulo, Willian Arão (Berrio), Diego e Mancuello (Gabriel); Everton e
Guerrero. Técnico: Zé Ricardo
Fonte: AFI
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