Sábado, 1º de outubro de 2016.
Caso em questão
envolveu uma atleta do quarteto russo que conquistou o ouro na final desta
prova nos Jogos de Pequim-2008.
Por meio de nota
oficial publicada no final da manhã desta sexta-feira (30), a Confederação
Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou que o Comitê Olímpico Internacional
(COI) enviou a Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil
(COB), uma carta na qual a entidade confirma que irá entregar a medalha de
bronze que a equipe feminina brasileira do revezamento 4x100m herdou devido a
um caso de doping. O caso em questão envolveu uma atleta do quarteto russo que
conquistou o ouro na final desta prova nos Jogos de Pequim-2008.
Atleta Rosângela Santos
Rodolfo Buhrer/La
Imagem/Fotoarena/Lancepress!
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A CBAt informou que a
carta, assinada pelo presidente do COI, Thomas Bach, foi enviada na última
quarta-feira depois de o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos
Arthur Nuzman, ter cobrado, também por meio de uma carta, uma data para a entrega
das medalhas à máxima entidade olímpica.
Nesta sexta-feira,
porém, a CBAt disse que a data para entrega das medalhas e diplomas
correspondentes ao bronze olímpico para a equipe
que foi formada por Rosângela Santos, Thaissa Presti, Lucimar Moura e Rosemar
Coelho ainda será definida pelo COI.
“Brevemente nosso
Departamento de Relações com os NOC (Comitês Olímpicos Nacionais) fará contato
para organizar a entrega das medalhas”, afirmou Bach, na carta reproduzida
nesta sexta pela CBAt.
A equipe do revezamento do Brasil terminou aquela final dos
4x100m da Olimpíada de Pequim em quarto lugar e, com a desclassificação da equipe russa, herdou a medalha de bronze conquistada
na pista pela equipe da Nigéria. Assim, as
nigerianas consequentemente ficaram com a prata e a Bélgica, segunda colocada,
com o ouro.
A atleta flagrada no
teste antidoping foi Yulia Chermoshanskaya, que acabou testando positivo para
duas substâncias proibidas em reanálises de exames refeitos com as amostras do
material colhido em Pequim-2008. Estas reanálises foram realizadas na esteira
da polêmica envolvendo o grande escândalo de doping que abalou o esporte da
Rússia e tirou toda a equipe de atletismo do país da Olimpíada do Rio.
As substâncias
proibidas encontradas nos reexames foram estanozolol e turinabol e, como
resultado, os resultados de todo o time russo no revezamento 4x100m dos Jogos
de Pequim foram cancelados, assim como a entidade obrigou as russas a
devolverem suas medalhas de ouro.
O presidente da CBAt,
José Antônio Martins Fernandes, o Toninho, comemorou a carta enviada pelo COI.
“Acompanhamos o caso há tempos e fizemos pedido ao presidente Nuzman para que
solicitasse a confirmação da parte do COI, já que sempre entendemos que as
atletas da equipe mereciam as medalhas, em função da desqualificação da equipe
russa”, ressaltou o dirigente, por meio da nota publicada nesta sexta.
Com o pódio do 4x100m
feminino herdado nos Jogos de Pequim, o Brasil passa a somar 16 medalhas
olímpicas na história do atletismo. São cinco de ouro, três de prata e agora
oito de bronze.
A punição à equipe
russa no revezamento 4x100m de Pequim-2008 foi anunciada pela Associação
Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) apenas no
último dia 16 de agosto, em meio à disputa dos Jogos Olímpicos do Rio.
Fonte: O Estadão
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