Quinta feira, 11 de agosto de 2016.
“É complicado correr atrás de um sonho”. A frase foi feita
pela carateca potiguar Samantha Luna, de apenas 21 anos, que vive o drama de
poder ficar de fora do Campeonato Mundial de sua modalidade a ser disputado em
outubro, na Polônia. Com a vaga assegurada há exatos dois meses, quando venceu
o Brasileiro no dia 10 de junho, a atleta ainda não conseguiu o dinheiro para
viajar.
Samantha Luna, de apenas 21 anos, vive o
drama de poder ficar de fora do
Campeonato Mundial.
Foto: Reprodução/Facebook/Samantha “Marrentinha” Luna
“Estou correndo atrás do jeito que eu posso. Levo muito não,
mas isso não me faz desistir”, afirmou a garota dando a garantia de que vai ao
país europeu “buscar esse ouro para o Brasil e para o meu estado”. Samantha,
natural de São Paulo do Potengi, mora em Natal atualmente e na capital potiguar
tenta conseguir seu objetivo através de pequenas doações.
Ajudar a menina do interior do estado a realizar seu sonho
não custa caro. Ao todo, os custos com as passagens e hospedagem são de R$ 4
mil. Entretanto, nenhuma empresa apareceu para patrocina-la com o valor. Por
isso, Samantha passou a dividir a rotina de treinos com a venda de rifas e a
coleta de assinaturas para o ‘livro de ouro’ que ela fez.
“Consegui um fim de semana em um hotel de Ponta Negra, o
Cabanas Apart Hotel, e estou rifando. O bilhete da cartela custa R$ 5”, citou.
Além da rifa, doações podem ser feitas através do Banco do Brasil em nome de
Célia Maria de Luna Mota, mãe de Samantha (Conta: 10080-3, agência: 0984-9 e
variação: 51).
A preparação
A rotina de treinamento aumenta na medida em que o Campeonato
Mundial se aproxima. “Treino de domingo a domingo, dependendo do cansaço até
duas vezes por dia”, contou. A jovem de segunda a sexta-feira foca no treino
específico de Karatê e, aos fins de semana, trabalha mais sua preparação
física.
Além do treino, dá aula de Karatê para – como define –
“crianças, jovens e adultos também”, no bairro de Felipe Camarão. Antes, ela
também se dedicava ao trabalho de instrutora na Cidade Alta, mas “tive que sair
porque as aulas que eu dava eram ao meio dia e o meu treino também é nesse
horário”, explicou.
No karatê desde os
nove anos de idade, a menina tem um histórico campeão. Um ano depois de começar
a praticar o esporte, já ficou em segundo lugar no Campeonato Brasileiro. A
competição mais importante do país já foi vencida por Samantha três vezes.
Quando disputou o Mundial de 2014 esteve entre as oito primeiras colocada na
Suíça. Por tudo isso, tem sido convocada com frequência para a seleção
brasileira.
Por Ayrton Freire
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