domingo, 13 de setembro de 2015

Na luta pelo acesso, clubes "dão volta ao mundo" em viagens pela Série B!

Domingo, 13 de setembro de 2015.

Equipes da segunda divisão do Campeonato Brasileiro têm que aliar planejamento e paciência na difícil logística durante a temporada, que pode definir o campeão ou os rebaixados.


Ao serem rebaixados para a série B do Campeonato Brasileiro, os clubes não perdem apenas dinheiro com cotas de TV e premiações. A luta na segunda divisão do Nacional envolve muita raça, apoio dos torcedores e paciência. Muita paciência nas viagens que costumam demorar horas e cortar o país de Norte a Sul e que podem, efetivamente, determinar o grande campeão ou os rebaixados para a terceira divisão. Por isso, a logística das equipes ao longo das rodadas, nessa verdadeira "volta ao mundo", é complexa e exige planejamento e interação entre departamento de futebol e presidência.

- É algo bem difícil, que ganha  e perde jogo, se não for bem planejada. Assim que os jogos são confirmados pela CBF, a gente senta e programa o dia que vai sair. A diretoria tem dado esse respaldo, porque a gente sai com dois dias antes para chegar no local da partida e fazer um treino lá ainda. Tudo isso ajuda muito - afirma o supervisor do Paysandu, Fernando Leite.
O clube paraense, inclusive, é um dos que mais têm rodagens na Série B. O Papão acumulou, até o momento, 47.821 quilômetros entre trajetos aéreos e terrestres. Para algumas equipes, sediadas em cidades que não possuem aeroportos com infraestrutura adequada para atender a todos os clubes, a logística é ainda mais complexa. São os casos do Macaé, time da cidade do norte do Rio de Janeiro, o Criciúma, equipe do interior sul de Santa Catarina, e o Luverdense, da cidade de Lucas do Rio Verde, no interior de Mato Grosso.
- Na verdade, a gente tem um trajeto terrestre de cerca de 7 mil quilômetros nessas 19 rodadas, que são os jogos fora de casa. Obrigatoriamente, a gente tem que ir a Cuiabá (capital de Mato Grosso), então, tem a logística de ônibus, ida e volta, fica em mais ou menos 10 horas - comentou o supervisor do Luverdense, Maicon Gaúcho.
Os três times da segunda divisão, ao final da competição, se contabilizados toda a quilometragem percorrida nas viagens, conseguiria facilmente dar a volta ao mundo. Somente o Criciúma terá feito um trajeto aéreo e por rodovias do país um total de 55.358 quilômetros, enquanto para completar o globo terrestre seria necessário "apenas" 40.076,16 quilômetros.
Por SporTV.com/Rio de Janeiro

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