quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Candidato, Zico questiona ‘legitimidade’ da eleição na Fifa!

Quinta feira, 24 de setembro de 2015.
Zico, candidato à presidência da Fifa, atacou o processo eleitoral na entidade e disse que, se as regras não forem modificadas, a eleição “dificilmente terá legitimidade”. Nesta terça-feira (22), ele entregou ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, uma carta em que defende que as regras estipuladas para a apresentação de candidaturas sejam modificadas. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Zico ainda questionou Michel Platini e a própria Conmebol.
Zico entregou ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, uma carta em que defende que as regras estipuladas para a apresentação de candidaturas sejam modificadas (Foto: Alberto Leandro)
Zico, candidato à presidência da Fifa.
 Foto: Alberto Leandro
A eleição ocorre no dia 26 de fevereiro de 2016, mas os candidatos precisam apresentar seus nomes até final de outubro. O problema é que o ex-jogador brasileiro ou qualquer outra pessoa que quiser fazer parte da corrida eleitoral na Fifa precisa ter apoio de cinco federações nacionais diferentes para que sua candidatura possa ser validada. Zico, por enquanto, não tem nenhuma e admite que não sabe se vai obter.

Em sua carta a Blatter, Zico deixou claro que a reforma na Fifa precisa começar pela própria eleição. “Não é possível que exista uma regra como essa, que desconsidere que eu tenho 45 anos de história no futebol”, criticou. “Essa regra cria um real obstáculo”, disse.

A norma foi criada há quatro anos como uma forma de evitar que um nome de fora do mundo do futebol possa surgir. Mas foi considerada como uma manobra de Blatter para dificultar o aparecimento de concorrentes que não sejam cartolas. “Quero o fim dessas condições, e outras pessoas já desistiram por conta dessa lei”, contou.

O brasileiro pediu apoios em todo o mundo. “Mas muito pouca gente respondeu”, disse. Segundo ele, existe uma “pressão” e “ameaças” a dirigentes que saiam de acordos regionais. “Não existe uma independência no voto e isso precisa mudar. Esse sistema abre a possibilidade para a corrupção”, afirmou.

Zico contou que recebeu cartas da Itália e do Japão, países onde atuou. Mas mesmo ali não haveria uma confirmação do voto. “Eles foram muito gentis, mas não garantiram nada”, disse. No caso da CBF, Zico apenas terá o apoio se ele obtiver os demais quatro votos. “É difícil ter uma legitimidade assim na eleição”, insistiu Zico.
Fonte: Estadão.

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