Segunda feira, 11 de maio de 2015.
Em 2011, sob a tutela
do então presidente Hermano Morais, o América conquistou o acesso para a Série
B do Campeonato Brasileiro. Naquela época, o clube passava por uma grande crise
financeira, superada em campo com o apoio da torcida e as vitórias que levarão
à ascensão rubra. Quatro anos depois, o deputado estadual espera repetir do
desempenho daquele ano.
Morais volta ao clube
em condições semelhantes. Agora, com a lacuna na presidência aberta pelo
licenciamento do então presidente Gustavo Carvalho que deverá oficializar a
saída na reunião do conselho deliberativo da próxima quinta-feira (14), o
dirigente irá acumular as funções de vice-presidente administrativo e
presidente do clube. “Pessoal entendeu que eu seria o nome ideal para
coordenar, estar à frente nesses meses, até porque ele (Gustavo Carvalho) não
vai renunciar, apenas se licenciar. No primeiro momento resisti um pouco por
estar em tratamento de saúde, mas entendi as dificuldades, percebendo que
outros farão mesmo esforço como (Alex) Padang no marketing, Paulinho (Freire)
no futebol, entre outros colaborando como Eduardo Rocha, José Rocha, e tantos
outros”, afirmou. Sobre a motivação de voltar a comandar o time rubro, Hermano
afirmou estar orgulhoso pela oportunidade de colaborar com o clube mais uma
vez, em especial, por ser o centenário rubro. Hermano revelou ainda que tinha
intenção de retornar a presidência no próximo ciclo, caso fosse uma unanimidade
entre conselheiros e torcedores. “Eu sou americano de coração, então o América
sempre me contagia. Vinha me preparando psicologicamente diante de muitas
manifestações, mas pensava só para janeiro do próximo ano, caso não houvesse
outros candidatos, mas sou uma pessoa movida a desafios, o grande desafio e o
amor pelo América terminam por me deixar estimulado. A situação é difícil do
ponto de vista financeiro e com responsabilidade de iniciar a Série C, por
isso, vamos precisar do esforço de todos, fazer uma grande campanha de adesão
ao sócio-torcedor para garantir receita mínima”, destacou.
Em busca de soluções
A previsão de voltar
ao comando do clube americano foi antecipado devido à forte crise financeira
pela qual passa o time rubro que perdeu aproximadamente R$ 6 milhões em receita
devido ao rebaixamento para a Série C e com o fim do contrato de patrocínio da
Caixa Econômica, cuja a renovação já é vista como improvável dentro do clube.
Nesse sentido, o clube e o novo mandatário começam a buscar alternativas para
reduzir o profundo impacto financeiro na montagem do elenco. No início do ano,
a disputa de uma final da Copa do Nordeste era vista como a redenção financeira
para superar a perda de patrocínios e cotas. Com a desclassificação, contudo,
administrar as contas se tornou um desafio. “Iniciamos com uma situação
favorável dentro de campo com o bicampeonato conquistado, mas o grande desafio
com o Campeonato da Série C. Temos que encontrar soluções financeiras que
permitam e possam favorecer, buscarmos alguns reforços para ter equipe
competitiva para disputar e até vencer a Série C, mas o que queremos no mínimo,
garantir o retorno a Série B”, reforçou.
Apoio do licenciado
Dentre outras coisas,
o futuro presidente rubro – que assume por direito na próxima semana – assegura
que a escolha pelo afastamento de Gustavo Carvalho foi uma decisão pessoal. Ele
garante que chega a presidência com o apoio do então presidente do clube e
admite que o licenciamento foi provocado pela pressão da torcida. “Quero
reconhecer o esforço do presidente Gustavo, em sua gestão conquistou dois
campeonato, mas tivemos o insucesso na Série B que criou desgaste junto a
torcida americana. Ele, de forma muito amadurecida, reconheceu essa situação e
colocou a situação de dificuldade que existe no América. O sentimento de
Gustavo é de quem quer um ambiente novo para estimular o torcedor americano a
participar mais da vida do clube para que ele tenha sucesso e vai continuar
colaborando”, concluiu.
Por Bruno Araújo/Portal no Ar
Nenhum comentário:
Postar um comentário