Sábado, 25 de abril de 2015.
A rotina de um
fisiculturista não é fácil. Sejam eles amadores ou profissionais, o esporte
requer muita dedicação dos atletas que sonham em brilhar nos palcos do Brasil e
do mundo. Além dos treinos pesados, o descanso e a alimentação regrada, com
dietas rigorosas à base de proteínas e carboidratos, também fazem parte do dia
a dia desses super esportistas. Dairla
Soares, fisiculturista profissional, tem diversos títulos conquistados ao
longo de sua curta carreira e vive essa rotina intensamente. Após ser campeã
Overall da Copa RN, a natalense irá
representar o estado na maior competição do esporte, o Arnold Classic, que
acontecerá entre os dias 29 e 31 de
maio, no Rio de Janeiro. A fisiculturista está em fase final de preparação
e conta que a expectativa é grande para participar do torneio que leva o nome
de um dos maiores ícones do esporte, o também ator Arnold Schwarzenegger. Dairla não é iniciante no esporte. Ela
começou a frequentar as academias aos 15 anos de idade por gostar de praticar
musculação e exercícios físicos. Apesar de ter começado cedo, Dairla só subiu
nos palcos dos torneios oito anos depois, e conta o motivo e como começou a
competir. Entrei no esporte por incentivo do meu marido, Joacy Filho, que na
época era atleta filiado à federação de São Paulo e técnico de alguns
fisiculturistas do Rio Grande do Norte. Como todos, comecei a participar na
categoria estreante, quando ainda era filiada pela federação da Bahia. Desde
então eu tomei gosto e continuei a treinar e competir - disse. Dairla conta que
o cenário brasileiro vive um momento de plena ascensão, principalmente nos
últimos dois anos. Segundo ela, esse crescimento ocorre graças ao estímulo que
as federações regionais, incluindo a do RN, estão dando, fazendo com que mais
pessoas se interessem pelo fisiculturismo. Porém, toda essa propagação ao redor
do país esbarra em um fator importante: o custo do esporte. De acordo com
Dairla, o fisiculturismo é um esporte muito caro para quem ainda é atleta
amador e precisa arcar com todos os custos dessa prática. Somado a isso, a
escassez de patrocínios para atletas brasileiros é um problema. Segundo a
atleta, são os patrocinadores que arcam com toda a suplementação necessária ao
dia a dia do atleta e com as passagens e custos de hospedagem quando o mesmo
precisa se deslocar para uma competição ou evento do esporte. É um esporte que
requer um custo muito alto. Gasta-se muito para estar dentro dele, mas, se o
atleta se preparar bem, for bem condicionado e tiver determinação para seguir,
consegue se tornar um profissional, ser patrocinado e dessa forma viver somente
do esporte - declarou.
Dairla Soares se prepara para o Arnold Classic, no R.
Janeiro (Foto:Arquivo Pessoal)
Por Alexandre Filho *Natal* Com supervisão de Augusto César
Gomes.
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