Segunda feira, 20 de abril de 2015.
Em experiências de
laboratório, eles descobriram que a substância química, chamada xanthohumol,
pode ajudar a proteger as células do cérebro dos danos oxidativos associados à
demência.
A pesquisa, publicada
no Journal of Agricultural and Food Chemistry, sugeriu que as pessoas que bebem
regularmente cerveja podem afastar a progressão de doenças neurológicas.
O Dr. Jianguo Fang, da
Universidade de Lanzhou, na China, disse: "Essa substância pode ser
encontrado em um grupo de plantas secas e são amplamente usadas em cervejas e
alguns tipos de refrigerantes”.
Ele prossegue: “Na
medicina tradicional chinesa, o lúpulo têm sido utilizado para tratar uma
variedade de doenças por séculos. A presença de uma elevada concentração de
xanthohumol em cervejas pode ser associado à observação epidemiológica,
tornando o hábito de beber cerveja algo benéfico”.
Xanthohumol tem
atraído um interesse considerável por causa de suas funções farmacológicas múltiplas,
por ser antioxidante, proteger o coração, ser anticancerígeno, contribuir
contra a obesidade, ser anti-inflamatório e prevenir o câncer.
A equipe do Dr. Fang
isolou moléculas de xanthohumol e testou em células cerebrais de camundongos em
uma série de experimentos de laboratório.
Eles descobriram que o
xanthohumol reduziu o nível de estresse oxidativo nas células, um processo
prejudicial que é tido como intimamente ligado a doenças degenerativas. No
artigo na revista, os pesquisadores disseram: “As células neuronais são
particularmente vulneráveis ao estresse oxidativo por ter reposição limitada
durante toda a vida. Cada vez mais provas mostram que o estresse oxidativo é
uma das causas de patogenias neurológicas e de doenças neurodegenerativas, tais
como Alzheimer e Parkinson”.
“Bloqueando o processo
oxidativo, torna-se eficiente bloquear ou retardar o processo que desenvolve
tais doenças”, concluíram. A equipe do Dr. Fang sugeriu que a cerveja pode
retardar doenças neurológicas comuns, mas eles também sugeriram que a molécula
poderia ser usada em medicamentos, em concentrações maiores.
Eles citaram um estudo
canadense de 1998, em que homens que bebiam regularmente cerveja possuíam taxas
menores de câncer de próstata, um efeito que também é creditado ser pelo
xanthohumol.
No entanto, cientistas
que não estiveram relacionados com o estudo, alertam que o consumo excessivo de
cerveja, em uma frequência muito alta, pode ser um problema, já que o excesso
de álcool está associado a um risco maior de demência por destruir tecido
cerebral.
Os médicos orientam a
não beber excessivamente cerveja buscando efeito protetor, mas dizem que a
pesquisa é importante e pode levar à elaboração de novos medicamentos na luta
contra as doenças neurodegenerativas.
O Dr. Arthur Roach,
diretor de pesquisa da Parkinson UK, disse: "Muitas drogas têm suas
origens em produtos naturais. Xanthohumol, a ‘molécula da cerveja’ em que este
estudo enfoca, parece ter efeito protetor sobre as células cultivadas em
laboratório”, disse.
Por Daily Mail
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