SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015.
Um dos grandes temores
em relação à Copa do Mundo no Brasil foi em relação aos gastos com obras pouco
necessárias. E nem houve necessidade de
tanto tempo para constatar que muitos dos R$ 7,09 bilhões investidos na
construção e reforma dos 12 estádios do Mundial foram pelo ralo.
Quatro arenas já se tornaram elefantes brancos, como o meio do futebol costuma se
referir a estádios pouco aproveitados. Mané
Garrincha, Castelão, Fonte Nova e Arena da Amazônia ainda não receberam
qualquer partida dos campeonatos estaduais de Brasília, Ceará, Bahia e
Amazonas, respectivamente.
Nenhuma partida! A
justificativa de Brasiliense, Ceará, Fortaleza, Bahia e companhia é de que os custos dos estádios “padrão Fifa” são
muito altos e inviabilizam os jogos. Aluguel, contratação de organizadores
e outras despesas fazem com que os descontos na renda invariavelmente sejam
mais altos até do que as arrecadações.
Detalhe importante: 20
dos 35 jogos do Campeonato Brasiliense aconteceram em estádios com portões
fechados, pois os estádios Abadião, Augustinho Lima e Serejão não têm laudos.
Ou seja, os clubes têm preferido jogar
sem público do que abrir os portões do Mané Garrincha, que custou R$ 1,9
bilhão - é o terceiro estádio mais caro do mundo.
Já o Bahia, que
ficaria com a Fonte Nova, tem preferido mandar suas partidas no estadual no
Pituaçu. Desta maneira, foi possível baixar o preço dos ingressos e atrair mais
público - a única vez do Tricolor na Fonte Nova foi em partida da Copa do
Nordeste, contra o Campinense.
A consequência?
Prejuízo de R$ 80 mil, em função dos 3.666 pagantes. No Ceará, os dois grandes
de Fortaleza já anunciaram a preferência pelo Presidente Vargas, estádio com
capacidade para no máximo 20 mil pagantes e que foi reforçado por R$ 48
milhões.
Já o Castelão, palco cearense do Mundial, está
com as portas fechadas depois de ter custado R$ 700 milhões. Em Manaus, a Arena da Amazônia só foi utilizada neste
ano durante um torneio amistoso entre Flamengo, Vasco e São Paulo.
No campeonato local,
os clubes têm fugido a todo custo do elefante branco de R$ 670 milhões.
Fonte: Yahoo
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