QUINTA FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014.
O corintiano fanático Adilson Maguila, ex-boxeador famoso nos
anos 80 e 90,
encontrou na Copa do Mundo do Brasil um momento de alegria e descontração para
amenizar o problema que está passando (Mal de Alzheimer e Dementia
Pugilistica).
Internado há dois meses na Santa Casa de Misericórdia, em São
Paulo, o sergipano
viu a seleção brasileira estrear na competição no dia do seu aniversário (12 de junho).
Além disso, ele tem a
companhia de sua esposa, Irani Pinheiro, para acompanhar as partidas. “O
Maguila sempre demonstrou um interesse maior pelos jogos do Corinthians. Ele é
corintiano roxo. Mas a Copa está sendo legal para ele ficar um pouco entretido.
Eu assisti ao jogo do Brasil contra o México junto com ele. Porém, como fica
sonolento, não consegue ver tudo. Mas me disse que gostou”.
Maguila teve o Mal de Alzheimer diagnosticado em 2010 (exatamente uma década após
abandonar os ringues).
Diante de uma doença
degenerativa e sem aceitar tomar a medicação adequada ao tratamento, o ex-lutador piorou no fim de 2012 e ficou
internado por três semanas.
Desde então, os
médicos descobriram que ele sofre de
Encefalopatia Traumática Crônica do Boxeador (Dementia Pugilistica),
caracterizada por declínio cognitivo, alterações de comportamento e sinais
parkinsonianos.
Alimentação segue sendo feita através de sonda!
A esposa de Maguila
também contou que o único brasileiro campeão mundial na categoria peso-pesado
(pela Federação Mundial de Boxe – entidade que não está entre as grandes do
boxe internacional) teve febre nos últimos dias e continua se alimentando
através de sonda (colocada no estômago).
“Apesar dele
apresentar estabilidade no quadro, a situação continua delicada. Os médicos
estão tratando a febre com antibióticos e fazendo novos exames, que ficam
prontos somente no início da próxima semana. Como a questão de alimentação é
muito complicada, não há uma previsão de ele voltar para casa – disse Irani,
que mantém uma organização não governamental (ONG) visando ensinar boxe a
crianças e jovens carentes”.
Maguila, que tem 56 anos e lutou entre 1983 e 2000, disputou
85 combates. Ele obteve 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um
empate.
As principais lutas do
sergipano foram contra os americanos Evander Holyfield e George Foreman, ambas
terminaram com triunfos dos pugilistas estrangeiros.
Em sua última
aparição, no velório do narrador Luciano do Valle, o eterno ídolo já estava
muito magro e abatido.
Uol.
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