SÁBADO, 04 DE JANEIRO DE 2014.
O estádio Arena das Dunas, de Natal, é um dos únicos entre os 12 estádios da Copa do Mundo de 2014, no Brasil que parece seguir um rumo diferente dos demais no que diz respeito aos custos de construção. Uma fórmula utilizada pelas construtoras e que avalia o custo de cada estádio diz respeito ao “custo por acento”. A praça esportiva potiguar aparece como a de menor custo entre as que receberão jogos do Mundial e também entre outras arenas espalhadas pelo mundo. Para se ter uma ideia, a Arena Corinthians tem um preço de R$ 17,1 mil/cadeira. Na Arena das Dunas essa relação é de R$ 9,5 mil/cadeira.
Alex Régis
Estádio Arena das Dunas recebe os retoques finais para os eventos
que vão marcar sua inauguração até a disputa da Copa do Mundo
A conta é feita tomando como base o preço do estádio pela capacidade de público que poderá receber. No caso de Natal são R$ 400 milhões investidos para 42 mil lugares durante a disputa da Copa do Mundo. Em São Paulo, são R$ 820 milhões para a construção de 48 mil lugares. A arquibancada removível, com 20 mil cadeiras, está orçada em R$ 35 milhões e será descartada após a competição. Isso também ocorrerá na capital do Rio Grande do Norte onde 10 mil cadeiras serão removidas. Em comparação com outras arenas no Mundo, onde o padrão FIFA foi exigido pois fariam parte de jogos de Copa, a situação do estádio das Dunas também é confortável. A Allianz Arena, na Alemanha, em Munique, inaugurada 12 meses antes da Copa 2006, custou R$ 918 milhões, com cada um dos 66 mil lugares a R$ 13,9 mil. Já o gasto com a construção do Stade de France, erguido especialmente para o Mundial de 1998, chegou a R$ 900 milhões (R$ 11,1 mil por cada um das 81 cadeiras). O estádio potiguar ocupa um patamar parecido com o Soccer City (África do Sul). No estádio sul-africano, cuja capacidade é de 94 mil lugares, cada assento saiu por R$ 8,9 mil - o preço final foi de R$ 840 milhões. Entre todos os estádios utilizados nos últimos mundiais o que aparece com o melhor custo/cadeira instalada é o de Sang-am. Na Coreia do Sul, cada cadeira custou apenas R$ 5,9 mil. A arena de 67 mil cadeiras teve o mesmo investimento que o estádio de Natal: R$ 400 milhões. O Ninho de Pássaro, em Pequim, e o Olímpico de Berlim também tem custo/cadeira parecidos. Orçado em R$ 1 bilhão, o estádio chinês tem 91 mil lugares, com custo de R$ 10,9 mil cada. O valor é igual ao do palco da final do Mundial 2006, cuja reforma custou R$ 850 milhões (para 77 mil cadeiras). No caso de novos estádios como o do Palmeiras e do Grêmio, que não possuem exigências FIFA por não abrigarem jogos oficiais da Copa, o preço por assento é menor. A Arena Palestra, orçada em R$ 330 milhões, terá 45 mil lugares. Cada cadeira custará R$ 7,3 mil. Inaugurado em 2013, o estádio gremista custou R$ 475 milhões: R$ 7,9 mil por cada um dos 60 mil assentos. Para a Copa, os assentos mais caros do país são instalados no Mané Garrincha (R$ 14,3 mil), Fonte Nova, Arena da Amazônia e Arena Pantanal (R$ 11,8 mil). Mineirão e Maracanã estão na média brasileira: R$ 10,7 mil. Castelão, Arena das Dunas, Beira-Rio e Arena da Baixada possuem custos parecidos. O estádio potiguar terá festas de inauguração no dia 20 com a presidente Dilma Roussef, 23 com os funcionários da obra e 26 com a rodada dupla envolvendo América x Confiança pela Copa do Nordeste e ABC x Alecrim pelo Campeonato Estadual.
Fonte: Tribuna do Norte (Natal).
“Gastamos
muito mais tempo falando de nossos inimigos do que elogiando nossos amigos” –
Ditado Popular.
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