TERÇA FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2013.
Uma promessa que tem tudo para seguir a tradição dos
potiguares em competições paralímpicas. Thalita Vitória (Foto), 16 anos, foi um dos
destaques da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em
Buenos Aires, na Argentina. Ela conquistou três medalhas de ouro nas provas dos
100m e 200m rasos e no salto em distância.
Thalita, atleta da Associação de Deficientes Visuais do Rio
Grande do Norte (Adevirn), ainda é nova no esporte. Começou a treinar há pouco
mais de um ano, e o Parapan de Jovens foi a sua primeira participação em
campeonatos internacionais. A potiguar compete na classe T11, para atletas com
total deficiência da visão.
- O resultado foi excelente! Eu estou muito feliz com minhas
medalhas. Foi a primeira vez em que eu competi fora do Brasil, e não teve como
não ficar nervosa. Também porque não foi fácil, pois as adversárias eram muito
competentes - disse.
De volta a Natal, Thalita conta que a convocação para a
seleção brasileira veio após os bons resultados conquistados nas competições
regionais. Ela relembra com orgulho que, apenas alguns meses depois de iniciar
a carreira de atleta, ainda na escola, participou dos Jogos Escolares
Paralímpicos da Juventude em 2012, em São Paulo, onde também conquistou três
medalhas.
- Foi minha primeira competição, e eu já consegui trazer três
medalhas. Fiquei ainda mais motivada a continuar porque vi que tinha futuro no
atletismo. Três meses depois eu competi na etapa de Manaus do Circuito Loterias
Caixa e mais uma vez trouxe três medalhas. Foi então que fui convocada para a
semana de treinamento da seleção, e lá pude conhecer os outros atletas que
foram para Buenos Aires - lembra.
Humilde, a atleta afirma que, apesar dos bons resultados, não
esperava se ver no lugar mais alto do pódio das Américas em tão pouco tempo.
- Foi uma grande surpresa para mim. Queria e sabia que tinha
condições, mas achei que fosse demorar um pouco mais para as medalhas chegarem.
Que bom que não demorou, eu só tenho a agradecer- afirmou a paratleta.
Rumo ao Rio 2016!
Parceiro nas pistas, o guia Felipe Veloso é um dos principais
incentivadores da carreira da atleta. Acostumado a treiná-la e a competir ao
seu lado nas provas, Felipe confirma o talento de Thalita para o esporte.
- Ela é muito disciplinada. A mãe a leva a todos os treinos e
acompanha a carreira da filha. Uma coisa que eu posso afirmar é sobre o foco
que ela tem. Seu tempo nos 100 metros é de 13s72, que é bastante difícil de se
alcançar. Lá na Argentina, ela competiu com atletas mais velhas, mas mesmo
assim conseguiu se sobressair - destaca.
Para Felipe, Thalita tem tudo para representar o Brasil nas
Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
- Vejo muito potencial nela e afirmo que o projeto que temos
é fazê-la competir os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Sei que ela tem
chances e é nisso que estamos focando no momento - finalizou.
Por Ferreira Neto Natal - via Globoesporte.com/RN
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