SÁBADO, 20 DE ABRIL DE 2013.
Uma menina indiana de 18 meses que sofre de hidrocefalia e cuja situação
provocou uma onda de solidariedade internacional se encontra bem, mas a
gravidade de sua doença complica o tratamento, declarou o neurologista que
cuida do caso, Sandeep Vaishya. Roona Begum sofre de uma grave anomalia
neurológica em que há aumento do volume dos espaços que contém líquido
cefalorraquidiano e que provoca pressão sobre o cérebro.
A divulgação de fotografias tiradas por um fotógrafo da AFP no início de
abril comoveu leitores no exterior e um site baseado na Noruega foi criado para
lançar uma campanha de angariação de fundos. A criança, cujos pais são muito
pobres, está sendo tratada por um prestigiado neurocirurgião indiano, que
trabalha em um hospital privado do grupo Fortis Healthcare, próximo de Nova
Delhi A menina está bem, mas seu caso é muito difícil e, no momento, estamos
analisando as melhores opções.
O procedimento habitual para este tipo de doença é drenar o excesso de
líquido para fora do cérebro e dirigi-lo para outras partes do corpo, onde é
absorvido pelo sangue. Mas no caso desta menina, o tamanho da cabeça em relação
ao corpo faz com que seja uma operação muito delicada, segundo o médico. —Sua
cabeça é várias vezes maior do que a circunferência de sua barriga, por isso é
preciso avaliar a quantidade de líquido que o corpo pode absorver se colocado
um "dreno craniano". A menina vive no estado de Tripura (nordeste)
com seus pais, que são muito pobres para pagar a hospitalização e tentar uma
operação. A cabeça, que tem uma circunferência de 91 centímetros, é duas vezes
maior do que o normal, o que impede a menina de ficar pé ou engatinhar. O site,
com base na Noruega, começou a receber doações no início de abril e nesta
sexta-feira contava com cerca de R$ 68 mil. O fundador do site, Jonas
Borchgrevink, de 22 anos, lançou esta iniciativa com uma amiga, Nathalie
Krantz, depois de ter visto as fotos de Roona na internet.
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