20-06-2012 QUARTA FEIRA
Durante a vida profissional de qualquer pessoa não é rara a necessidade de se deslocar de cidade, tendo em vista desenvolver atividades ou projetos em diferentes locais.
Muitas vezes estas mudanças estão associadas a busca de novos desafios a partir de sucesso alcançado em situações anteriormente vividas.
Sim, na grande maioria das vezes, um profissional se predispõe a mudar do local onde vive, pois pretende crescer, não somente em sua carreira, mas também em suas condições financeiras.
No meio do futebol, esta realidade é quase uma regra.
Quantos ídolos brasileiros se mudaram para outros países em busca de mais sucesso e melhores condições econômicas para si e sua família?
Certa vez li uma entrevista onde Casagrande afirmava que o jogador brasileiro quando vai para a Europa, só sente falta de casa, quando não está jogando, por qualquer motivo que seja.
Fácil verificar a veracidade desta afirmação.
Se o jogador não está atuando, não que as coisas pareçam conspirar, mas os problemas fora de campo tendem a ter uma relevância bem maior.
Relevância tal que pode realmente impedir a sua continuidade no clube, ainda mais quando está longe de sua família e amigos próximos.
Anos atrás, alguns de nós chegamos a acreditar que este era o problema de Adriano na Itália, no entanto quando ele voltou ao Brasil e os problemas continuaram a acontecer logo vimos que a questão de estar morando fora do seu, digamos, habitat natural, estava longe de ser a razão de seu claro declínio técnico.
Desde a última semana, estamos testemunhando um fato similar envolvendo o chileno Valdívia que foi vitima de sequestro na cidade de São Paulo.
O jogador palmeirense, não é de hoje, está bem distante das condições que fez dele um dos ídolos do alviverde, campeão paulista de 2008.
Independentemente do sequestro ter ocorrido de maneira traumática ou não, mesmo que isso seja muito relativo, pois depende de quem se envolveu na situação, o fato é que Valdívia não quer ficar no Brasil.
Mesmo que nada tivesse acontecido, certamente o retorno ao Chile sempre esteve na cabeça do jogador palmeirense.
Quanto ao Palmeiras, é legitima e devida a cobrança de todos os direitos que regem o contrato em vigência, no entanto, também é certo que segurar o jogador chileno contra a sua vontade, está longe de ser a melhor solução.
Alguma sugestão?
Bem, negocie logo o jogador, quanto mais cedo resolver melhor e menos traumático para todos, inclua jogadores em troca, mas, seja rápido Palmeiras, encerre esta história, e, busque aprender com esta negociação cara que não rendeu nada de bom a entidade.
Fonte: José Renato Sátiro Santiago Junior (São Paulo/SP) - Por e-mail.
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