sábado, 12 de maio de 2012

Sobre o centenário Piracaia e o primeiro tricampeão paulista, o SPAC!

12-05-2012 SÁBADO - Por José Renato Santiago - São Paulo/SP.
José Renato

Piracaia, a cidade presépio, é um pequeno município paulista com um pouco mais de 20.000 habitantes. Localizada na Serra da Mantiqueira, próxima a Bragança Paulista, a tranquila cidade guarda muita história junto a sua pacata população.
Uma delas diz respeito ao futebol, uma vez que ano que vem, o Piracaia Futebol Clube completa 100 anos de atividades. Quantas histórias e curiosidades envolvem esta história quase centenária de um pequeno clube em tamanho, mas gigante na paixão de seus torcedores?
Muitas, com certeza.
Foi com grande dor no coração que tomei conhecimento que um grande amigo, Clóvis Martins, um pontepretano de Piracaia, ministrou, no ultimo sábado, uma palestra sobre o centenário do Piracaia Futebol Clube.
A dor no coração se justifica devido ao fato do encontro não ter sido aberto para o publico em geral, um enorme gol contra dos organizadores deste evento.
Gol contra ainda maior, se considerarmos que não houve cobrança de ingressos, tão pouco investimentos, a não ser do palestrante, que certamente gostaria de ter contato com o publico maior que os não mais de 20 pessoas que presenciaram tal evento.
Mais do que gol contra, insisto, uma verdadeira sabotagem a memória do futebol se considerarmos que eventos com estes são realizados em locais públicos sem que os munícipes, pagadores de impostos, tenham acesso aos mesmos.
Inconcebível que eventos como estes sejam realizados as custas de todos nós munícipes, e que apenas poucos privilegiados, muitos sem a consciência de estarem sob esta condição, tenham esta possibilidade.
Justamente por tal motivo que toda e qualquer ação voltada para a perpetuação da memória do futebol deve se exaltada, pois a resistência e porque não dizer, a insistência em achar que este assunto deve estar limitado e sob controle de poucos é um grande absurdo.
Mas há boas notícias.
Neste próximo sábado, dia 12 de maio, a partir das 16:00, o Clube Atlético São Paulo, SPAC, primeiro tricampeão paulista, irá inaugurar o Centro de Memória SPAC – Charles Miller.
Um golaço!!!
Graças ao Pelé da Memória do Futebol, John Mills, biógrafo de Charles Miller e da predisposição de muitos que podem ser representados pela figura do presidente do SPAC, Sr. Antonio Guedes e do gerente do SPAC, Sr. Junshi Nishimura.
Neste dia, haverá o descerramento da placa em homenagem a adoção do SPAC como um dos marcos do futebol brasileiro, conforme lei 15.522, que também institui o Dia em Memória ao Futebol a ser comemorado no dia 24 de novembro (iniciativa do vereador Floriano Pesaro).
Que golaços como estes deixem de ser exceção.

Um pedido a um filho de Santa Rosa de Viterbo!

Nos últimos anos antes da abolição da escravatura, em 1883, a estrada de ferro Mogiana chegava na pequena cidade de São Simão o que serviria de marco para o crescimento daquela região.
Uma das primeiras construções feitas na época foi a capela de Santa Rosa, erguida a partir de doações de fazendeiros locais, depois de seus trabalhadores clamarem pela necessidade de ter uma “Casa do Senhor.”
A população passou a se concentrar nas regiões próximas a capela, onde o coração do pequeno povoado realmente batia mais forte. Isto motivou a criação da Vila de Santa Rosa por volta de 1906.
Alguns anos depois, o crescimento da região provocou a criação do munícipio de Ibiquara, que depois passaria a se chamar Santa Rosa do Viterbo.
O motivo do nome, se deve a capela de Santa Rosa, que tinha testemunhado o crescimento daquela, agora, cidade.
E por que Santa Rosa?
Ainda no século XIII, Rosa tomou frente da resistência contra o imperador Frederico II que havia tomado sob seus domínios a cidade italiana de Viterbo.
“Armada” de um crucifixo nas mãos, Rosa passou a pregar o evangelho para a população que sofria com os desmandos de Frederico II.
Rosa e sua família foram expulsas da cidade e só puderam voltar após a morte do imperador.
Bem, tudo isso, mostra o quanto a simpática cidade sempre esteve em volta pela busca do crescimento, através do confronto a desafios, algumas vezes de grande risco.
Por mais que o futebol não tenha, nem de perto, a mesma relevância da história dessa pacata cidade, sugiro que rezemos para que Santa Rosa ilumine um dos filhos mais ilustres da cidade de Santa Rosa de Viterbo.
Pedimos a Santa Rosa:
- Que ele possa não apenas olhar, mas, principalmente, enxergar, todas as situações com os quais a instituição que ele representa tem passado, graças as suas decisões.
- Que ele passe a admitir os erros que cometeu, e mais, que se predisponha a buscar a correção de seus equívocos, melhorar, ouvir, dividir e compartilhar.
- Que ele passe a considerar o interesse de toda uma comunidade com prioridade, acima daquelas que fundamentam o pequeno grupo que atualmente o “cerca”.
Enfim, Sr. Juvenal Juvêncio, isto é apenas um singelo pedido!!!
José Renato Santiago



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