26-04-2012 QUINTA FEIRA
Luiz Sátiro,
Gostaria de
compartilhar contigo meu novo artigo sobre o Oscar, o menino criado pela Avó.
Espero que goste,
um abraço
José Renato
Santiago
Oscar, o menino
criado pela Avó
O mundo do futebol possui uma série de situações e
comportamentos similares aqueles encontrados no mundo corporativo.
Uma delas diz respeito a existência de um manual
tácito de boas práticas comportamentais...mas o que seria isso?
São atitudes e ações tomadas pelos profissionais
que são analisadas diariamente pelas organizações e formam um certo modelo de
conduta que deve ser respeitado em toda empresa.
Alguns podem chamar isso de
“certo”corporativismo, no entanto a realidade é que sempre que uma pessoa
está em processo de contratação, é natural que se consulte referências
comportamentais em empregos anteriores.
Sim, por mais que o profissional tenha que mostrar
evidências de bons resultados proporcionados, há algo mais que é decisivo para
sua contratação.
Uma das linhas de pesquisa que adotei em minha tese
de doutorado defendida na Universidade de São Paulo no ano de 2007 (www.jrsantiago.com.br),
me permitiu levantar um dado importante: Mais de 70% das demissões de
profissionais não ocorre por falta de competência em desenvolver suas
atividades. O aspecto mais relevante considerado é comportamental.
E no futebol?
Tirando, alguns poucos, grandes craques renomados,
com claras evidências de excelência de performance e de resultados
conquistados, toda e qualquer contratação considera os aspectos comportamentais
do jogador.
Não apenas, a forma como eles agem em sua vida
pessoal, mas também a abordagem que costumam adotar junto aos seus colegas, sua
socialização no ambiente de trabalho e, atém mesmo seu comportamento durante as
negociações de contrato.
Os clubes se conversam, as diretorias mudam, e os
clubes continuam se conversando.
E ai....
As ações tomadas pelo jogador Oscar, envolvido
nesta polêmica situação que também envolve o São Paulo e Internacional, muito
possivelmente passarão a ser referências como o maior caso de Auto Sabotagem Profissional.
O grande e maior prejudicado, a curto, médio e
longo prazo é ele próprio.
Lamentável que não tenha surgido ninguém que goste
efetivamente deste rapaz e que tome a frente nesta situação.
Por mais que entenda que o São Paulo tenha sido o
maior culpado neste processo, não o único, a cada nova ação tomada pelo jogador
e sua assessoria, sua situação piora cada vez mais.
Ou alguém duvida que isso não será considerado em
negociações futuras?
Os clubes, mesmo não envolvidos, não lembrarão
disso?
Se é justo ou não, eu não discuto...
Mas a verdade é que Oscar está parecendo aquele
menino criado pela avó, e por tal motivo, com cuidado extremado.
Talvez jamais tenha tomado um banho de chuva
inesperado, tão pouco apertado a campainha alheia e se escondido.
Que sabe ainda acredita que possa terceirizar toda
e qualquer decisão que toma.
Uma pena!!!
(Ainda acho que ele não voltará ao São Paulo que
não receberá o valor que deseja).
Nenhum comentário:
Postar um comentário