29/12/2007
O ABC Fubebol Clube homenageou neste sábado os seus mais queridos. Mais de cem ex-atletas receberam uma carteira de livre acesso ao Frasqueirão e cinco deles receberam placas pelos dirigentes do clube. Burunga, Piaba, Noé Soares, Marinho Chagas e Danilo Menezes foram os primeiros de uma série de homenagens aos antigos craques do clube. Alberí e o capitão Édson já têm seus nomes e imagens gravadas nas dependências do estádio.
E os dirigentes adiantam que muitos ainda virão. A próxima sessão de homenagens será na data de aniversário de 92 anos do clube, em 29 de junho.
A manhã deste sábado foi de sol escaldante. Nem por isso os ex-atletas, muitos com mais de 60 anos, deixaram de lado a vontade de rever amigos de décadas e exercitar o que mais sabem: jogar futebol.
O campo do ABC, anexo ao Frasqueirão, foi o palco para uma partida memorável entre um esquete histórico dos melhores atletas que passaram pelo ABC: Sérgio Poti, Reinaldo, Adalberto, Cacau... E até um ``intruso'' no meio dos abecedistas. Pancinha marcou história no América. Ele e o meia Véscio foram convidados para simbolizar uma rivalidade existente apenas entre as quatro linhas do campo.
O rítmo do jogo foi vagoroso. Pareciam 22 Romários em campo. Corriam pouco. Se posicionavam bem em campo e, com a bola nos pés, nem sol nem idade atrapalhavam a maestria no toque com a bola. E bastava um lance de vista no campo e novas caras em campo.
O número de substituições era quase constante. Adalberto, ex-ABC e ex-São Paulo - na época da equipe dos menudos Careca, Muller, Silas e outros - molhado de suor e respiração ofegante, se esquivou do cansaço: ``Dava pra jogar mais, mas temos que deixar outros participarem''.
Reinaldo mancava em campo. Estava com problemas no joelho, mas quis reviver tempos áureos quando disputou o mundial de clubes em Tóquio, pelo Flamengo, em 1981.
Sérgio Potí, mais pesado, jogou duro como quando foi quarto zagueiro do ABC e da Seleção Brasileira de Juniores. Alberí ainda se destacou entre os grandes. Foi o grande maestro. Lembrou Gerson e os lançamentos longos da Copa de 70.
Na arquibancada, Tidão, irmão de Jorginho, o príncipe. Assim como Marinho Chagas, Piaba assistiu o jogo de fora do campo e escapou de mais um duelo com Pancinha. ``Na época saía fogo'', disse o ex-centroavante americano.
Sérgio Vilar - Diário de Natal
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