DOMINGO, 20 DE JANEIRO DE 2013.
Por e-mail!
Luiz,
Hoje faz trinta que Mané virou o Anjos
das Pernas Tortas.
Segue meu novo artigo: 30 anos sem Mané
E já se foram 30
anos...
Três décadas que
serviram apenas para deixar claro o que todos já imaginavam.
"Garrincha é
insuperável."
Sua vida mostrou
isso, e o futebol, ao longo destes anos, serviu para firmar este entendimento.
Exemplos?
O primeiro deles
tem relação ao maior de todos os tempos, Pelé.
Ao longo dos anos,
não foram raras as vezes que surgiram eventuais sucessores ao trono de “Rei do
Futebol.”
Maradona, Robinho,
Neymar... e tantos outros.
Hoje em dia, o
nome da vez é Messi, o eventual novo Rei.
Pois bem, e o
sucessor de Garrincha?
Não existiu, não
existe e não existirá.
Nem cogitam.
Garrincha é único.
Hoje em dia, Mané
sequer seria um jogador de futebol.
Tecnicamente,
seria considerado um deficiente físico.
Suas pernas eram
muito tortas para desenvolver uma atividade física.
Sequer andar em
linha reta, conseguia.
Possivelmente,
elas teriam sido o principal motivo de seus dribles sempre para o mesmo lado.
E jamais evitados!
Uma covardia aos
adversários rs rs.
Ainda assim, se
Mané chegasse a treinar junto a equipe principal.
De lá não
avançaria.
Imagina, hoje em
dia, Garrincha começar a driblar o grande astro da equipe em seu primeiro
treino.
Seria limado.
Acusado de não
profissional e tudo mais.
Quando Garrincha
treinou no Botafogo, Nilton Santos, o maior dos alvinegros, sofreu, e tratou de
trazer Mané para o seu lado.
Inimaginável
pensar isso hoje.
Mas tem mais...
Qual efeito teria
um jogador, em plena Copa do Mundo, chamar o time adversário de São Cristóvão?
Pois até isso
Garrincha vez.
Hoje, o efeito
seria o mais negativo possível.
“Como um jogador
pode menosprezar assim um adversário.”
Até afastado
seria.
A verdade mesma é
uma só...
Sem Mané, o
futebol ficou bem mais chato.
Que saudade!
Um grande abraço,
José Renato
Santiago
Um comentário:
r_puso comenta (Do Blog de Juca Kfouri)
Ter ídolos é uma das coisas que me faz querer viver 200 anos mais, pois, lembro-me daquele domingo dia 20 de janeiro de 1983, eu com 8 anos, vendo meu pai, meu avô e meus tios com lagrimas nos olhos, em torno da mesa falando sobre o que fora Garrincha, e eu ali, sem entender no momento, fui descobrir anos depois que aquele "jogador" tinha sido um mágico que iludia seus marcadores vibrando seus joelhos tortos como quem brinca escondendo algo na mão e pergunta: "em que mão está", mas o engraçado é que todos estavam vendo a bola ali, e a mágica era imaginar para que lado ela iria. Li um colega aqui dizer que ele apanharia muito hoje, não sei não, pelo que leio e vejo nas poucas imagens disponíveis ele apanhava muito, tanto que sofreu demais com contusões e lesões, que em parte lhe tiraram o direito de jogar bola, levando ao alcoolismo e ao fim triste. Infelizmente aos nossos ídolos, antes homens geniais, mas simples, podemos apenas render homenagens póstumas, mais nada!
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